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Um estudo conduzido pela Escola de Saúde Pública de Harvard, publicado na prestigiada revista The Lancet, acendeu o alerta sobre o consumo de alimentos ultraprocessados, associando-os a um maior risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A pesquisa, realizada em 2023, analisou os hábitos alimentares de mais de 200 mil pessoas ao longo de vários anos e revelou que a ingestão frequente de certos alimentos processados está diretamente ligada ao aumento de casos de doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
Efeitos de carnes processadas na saúde do coração
Um dos principais achados do estudo é o impacto negativo das carnes processadas na saúde cardiovascular. Alimentos como salsichas, presunto e bacon, comuns em muitas dietas, estão relacionados ao aumento do risco de problemas cardíacos. Esses produtos possuem alto teor de sódio e gorduras saturadas, ambos responsáveis por elevar a pressão arterial e o colesterol ruim (LDL), fatores que contribuem para o desenvolvimento de arteriosclerose e outras complicações cardiovasculares.
Bebidas açucaradas: outro vilão
O consumo excessivo de bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos industrializados, também foi destacado como fator de risco. Essas bebidas estão ligadas à obesidade e ao desenvolvimento de diabetes tipo 2, condições que aumentam diretamente o risco de doenças cardíacas. O estudo recomenda a redução dessas bebidas na dieta, substituindo-as por alternativas mais saudáveis, como água ou sucos naturais sem açúcar.
Outros alimentos ultraprocessados e recomendações de Harvard
Além das carnes e bebidas, Harvard também alertou sobre os riscos de outros alimentos ultraprocessados, como pães, cereais e snacks. A pesquisa sugere que esses produtos, quando consumidos regularmente, podem aumentar a pressão arterial e o colesterol, favorecendo o ganho de peso e o desenvolvimento de problemas cardíacos.
Como solução, o estudo orienta a priorização de alimentos frescos e minimamente processados, como frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras. A substituição de alimentos ultraprocessados por opções mais naturais é essencial para a proteção da saúde cardiovascular.
Propostas para a indústria alimentícia
O estudo também fez um apelo à indústria alimentícia para reduzir o teor de sódio, gorduras saturadas e açúcares em produtos processados. Políticas governamentais mais rigorosas também foram sugeridas para promover uma alimentação mais saudável e ajudar na prevenção de doenças cardíacas em larga escala.
Alimentos que beneficiam o coração
Nem todos os alimentos afetam negativamente o coração. Produtos como ameixas secas, ricas em fibras e antioxidantes, foram destacados por ajudar a reduzir o colesterol e combater a inflamação, além de proteger o corpo contra danos celulares.
Incorporar mais frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras pode não apenas prevenir problemas cardiovasculares, mas também melhorar a saúde digestiva e óssea, promovendo um bem-estar geral.