Saúde

Academia Americana de Pediatria publica a 1ª diretriz para orientar médicos a usar opioides contra dor em crianças; saiba tudo

Marcello Casal jr/Agência Brasil

Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]

A Academia Americana de Pediatria (AAP) lançou sua 1ª diretriz clínica voltada para pediatras sobre a prescrição de opioides. O documento traz orientações detalhadas sobre como e quando utilizar esses medicamentos para o tratamento da dor, com o objetivo de minimizar o risco de dependência a longo prazo.

“Houve uma grande oscilação pendular na prática da medicina nas últimas duas décadas — primeiro com a prescrição excessiva de opioides, depois com uma grande redução na prescrição de opioides, provavelmente deixando a dor de algumas crianças subtratada. Queremos que os pediatras prescrevam opioides quando necessário, porque a dor não tratada pode levar a sofrimento e danos psicológicos. Ao mesmo tempo, os médicos precisam tomar medidas que reduzam o risco de dependência a longo prazo”, afirma Scott Hadland, autor principal da diretriz.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Além da prescrição de opioides, a diretriz recomenda a utilização rotineira de naloxona, um medicamento destinado a reverter overdoses. As diretrizes de prática clínica da AAP são elaboradas por especialistas médicos e passam por várias etapas de revisão por pares antes de serem aprovadas pelo Conselho Diretor.

De acordo com dados da associação, em 2018, 8,9% dos adolescentes entre 15 e 19 anos receberam pelo menos uma nova prescrição de opioides em comparação com o ano anterior. A maioria deles, no entanto, não desenvolve vícios nem sofre overdoses.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

As taxas de prevalência em um ano para o desenvolvimento de transtornos relacionados ao uso de opioides ou para experimentar uma overdose após uma prescrição variam de 0,3% a 5,8%.

Desde 2000, a incidência de transtornos por uso de opioides aumentou significativamente entre crianças e adolescentes. Em contrapartida, as taxas de prescrição de opioides têm diminuído desde a década de 2010.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

No entanto, os pesquisadores alertam que essa redução pode indicar não apenas uma queda no uso indevido, mas também no uso potencialmente adequado desses medicamentos.

A diretriz da Academia também sugere que os pediatras façam a prescrição de opioides em combinação com outras abordagens não farmacológicas, como a fisioterapia, visando reduzir a dor e melhorar a funcionalidade.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Além disso, recomenda-se que os opioides sejam prescritos juntamente com outros medicamentos não opioides, como paracetamol e ibuprofeno.

Outras diretrizes apresentadas incluem a recomendação de que toda prescrição de opioides deve vir acompanhada de uma prescrição de naloxona, um medicamento que reverte overdoses. Essa medida é fundamental para tratar casos de overdose em qualquer pessoa da casa que utilize opioides, não apenas na criança a quem o medicamento foi prescrito, mas também em outros membros da família, incluindo crianças menores.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Além disso, é importante garantir que todas as crianças e adolescentes tenham acesso equitativo a um tratamento eficaz para a dor. Dados indicam que indivíduos negros, hispânicos, índios americanos e nativos do Alasca têm menor probabilidade de receber tratamento oportuno e eficaz para a dor, incluindo opioides, mesmo levando em consideração o nível de dor em diversas condições que causam dor aguda intensa.

Por fim, pacientes e cuidadores devem receber materiais educacionais sobre terapias para o controle da dor, opioides, além de informações sobre armazenamento e descarte seguros de medicamentos. Eles também precisam de orientações sobre como reconhecer os sinais de uma overdose de opioides e como agir diante dessa situação.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

“Para um paciente com dor leve a moderada, os médicos devem sempre iniciar medicamentos e tratamento não opioides, como paracetamol e o ibuprofeno que podem ser igualmente eficazes com menos efeitos colaterais, como em procedimentos como amigdalectomia, remoção dos sisos e fraturas”, disse Rita Agarwal, uma das autoras da diretriz.

Os especialistas concluem a diretriz sugerindo que as famílias discutam com seus pediatras as melhores opções para o controle da dor em crianças.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO
CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile