Saúde

Sífilis congênita: 71% dos casos da doença em gestantes foram evitados em 2023

Foto: PublicDomainPictures por Pixabay

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Na abertura do Seminário Integrado da Sífilis – Unindo Forças para a Eliminação, realizado nesta segunda-feira (14) em Brasília, o Ministério da Saúde apresentou os dados do Boletim Epidemiológico de 2024 sobre a sífilis.

Os números indicam que em 2023 houve uma redução de 1.511 casos da doença em bebês menores de um ano, comparado ao ano anterior, o que significa que 71% dos casos de sífilis congênita foram evitados graças ao diagnóstico precoce em gestantes. Em 2021 e 2022, os registros foram de 64% e 69%, respectivamente.

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As estatísticas se baseiam nas notificações registradas até 30 de junho deste ano. O cenário nacional aponta para uma evolução positiva rumo à eliminação da sífilis congênita até 2030, reflexo dos esforços intensificados para melhorar o manejo da infecção em gestantes e em seus parceiros sexuais. Quando diagnosticada durante o pré-natal e tratada de maneira adequada, a transmissão da sífilis ao bebê pode ser reduzida a níveis que viabilizem a eliminação.

O diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi), Draurio Barreira, destacou o compromisso de eliminar a sífilis e outras infecções como problema de saúde pública até 2030. Para Pâmela Gaspar, coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), o Brasil dispõe de todas as ferramentas necessárias para diminuir os casos de sífilis. Ela enfatizou a importância do desenvolvimento de ações tripartite e integradas entre todos os atores envolvidos na prevenção, diagnóstico e tratamento, considerando também os determinantes sociais, para que os avanços sejam alcançados coletivamente.

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Na abertura do evento, também estavam presentes representantes da Opas, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e do Movimento Nacional das Cidadãs Positivas. A programação do seminário continua nesta terça-feira (15).

O boletim epidemiológico apontou que, em 2023, foram notificados no país 242.826 casos de sífilis adquirida, 86.111 casos de sífilis em gestantes, 25.002 casos de sífilis congênita e 196 óbitos relacionados à sífilis congênita. O diagnóstico da doença é feito por testes rápidos ou exames laboratoriais, sendo que o Ministério da Saúde distribui aos estados e municípios testes rápidos para sífilis e o teste DUO, que detecta infecção por HIV e sífilis simultaneamente. Desde maio deste ano, o teste DUO passou a ser distribuído.

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Em 2023, foram distribuídos mais de 14 milhões de testes rápidos no Brasil. Até agosto deste ano, foram realizados 5.689.240 testes rápidos e 1.955.100 testes DUO HIV/Sífilis, totalizando 7.644.340 testes. O Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita é celebrado no terceiro sábado de outubro, como parte das prioridades do Ministério da Saúde no combate à transmissão vertical da doença até 2030. Além dos testes rápidos, o Ministério realiza a distribuição de penicilina para tratar a sífilis adquirida, em gestantes e congênita.

Uma das estratégias destacadas pelo programa Brasil Saudável é a Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV, sífilis, hepatite B, HTLV e doença de Chagas para municípios com mais de 100 mil habitantes e estados. O objetivo é reconhecer e disseminar boas práticas na prevenção dessas infecções no país. Entre 2022 e 2023, 48 municípios e dois estados receberam algum tipo de certificação. Para este ano, o Ministério da Saúde está em fase de análise das solicitações, com a cerimônia de certificação prevista para o final do ano.

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