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O estudo referente à Semana Epidemiológica (SE) 41, que abrange o período de 6 a 12 de outubro, baseia-se em dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sive-Gripe). A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, alerta que, embora o cenário epidemiológico atual esteja “bem mais tranquilo” do que o observado nas semanas anteriores, é fundamental que a população mantenha as medidas de prevenção recomendadas.
Portella enfatiza a importância do uso de máscaras de boa qualidade ao sair de casa e em caso de sintomas de síndrome gripal, como nariz escorrendo, tosse, garganta arranhando ou espirros. A pesquisadora destaca que atitudes simples, como usar máscaras nessas situações, ajudam a reduzir a transmissão de vírus respiratórios, contribuindo para manter a circulação desses patógenos em queda na maior parte do país.
O boletim revela que seis das 27 capitais apresentam crescimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na tendência de longo prazo, que considera as últimas seis semanas. As capitais com aumento são Brasília (DF), Macapá (AP), Manaus (AM), Natal (RN), Rio Branco (AC) e São Luís (MA).
Entre os óbitos, a prevalência entre os casos positivos foi de 28,7% para influenza A, 13% para influenza B, 9% para VSR, 8,5% para rinovírus e 52% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, esses números foram de 19,3% para influenza A, 4% para influenza B, 1,2% para VSR, 6,9% para rinovírus e 65,1% para Sars-CoV-2.
Em relação ao ano epidemiológico de 2024, foram notificados 144.365 casos de SRAG, dos quais 68.633 (47,5%) tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 60.146 (41,7%) resultaram negativos, e pelo menos 7.923 (5,5%) ainda aguardam o resultado laboratorial. Devido ao fluxo de notificação e à inserção dos resultados laboratoriais, os dados de positividade referentes às semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações nas atualizações subsequentes. Entre os casos positivos do ano, 17,9% são de influenza A, 1,2% de influenza B, 37,5% de VSR, 25,1% de rinovírus e 18,9% de Sars-CoV-2 (Covid-19).