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Uma vacina inovadora contra o norovírus, responsável por surtos de vômitos e diarreia, está sendo testada no Reino Unido em uma tentativa de aliviar a pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde (NHS). O secretário de Saúde, Wes Streeting, revelou ao tabloide britânico Daily Mail que o vírus causa uma enorme carga ao sistema de saúde, especialmente durante os meses de inverno, custando aos contribuintes cerca de £100 milhões por ano (aproximadamente R$ 590 milhões).
Desenvolvida pela Moderna, a nova vacina de mRNA está prestes a entrar em suas etapas finais de testes, com resultados iniciais indicando que ela gera uma “forte resposta imunológica”. O estudo inclui 27 hospitais e centros de saúde na Inglaterra, Escócia e País de Gales, com a expectativa de que 2.500 pessoas participem até o final de dezembro. Metade dos participantes receberá a vacina, enquanto a outra metade receberá um placebo.
O Dr. Patrick Moore, investigador-chefe do estudo, ressaltou que atualmente não existem vacinas aprovadas para o norovírus em nenhum lugar do mundo, e o único tratamento disponível para pacientes graves é a administração de fluidos intravenosos. Ele destacou que cerca de 4 milhões de casos de gastroenterite no Reino Unido são causados por norovírus, com a doença afetando pessoas de todas as idades.
Streeting afirmou: “A vacina pode ajudar a mudar nosso sistema de saúde de um modelo de tratamento para um de prevenção, reduzindo a pressão sobre o NHS e mantendo as pessoas saudáveis durante os meses mais frios”. Caso a vacina se mostre eficaz em adultos, o estudo poderá ser ampliado para crianças.
A nova pesquisa faz parte de uma parceria estratégica de 10 anos entre o governo britânico e a Moderna, que está investindo em novas instalações de pesquisa e desenvolvimento no Reino Unido. A expectativa é que a vacina seja aprovada até 2026, oferecendo uma nova ferramenta para combater esse vírus altamente contagioso e reduzir o impacto na saúde pública global.