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Casos de acidentes com escorpiões têm se tornado comuns no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, o país registrou 202.324 notificações no último ano, 20.243 a mais que o ano anterior. Pela primeira vez, o total superou a marca de 200 mil ocorrências.
O número de mortes também aumentou, passando de 92 em 2022 para 134 no ano passado. Óbitos por picadas de escorpião superaram inclusive aqueles por mordidas de serpentes, que totalizaram 133.
No Brasil, os escorpiões considerados de maior relevância para a saúde pública são o escorpião-amarelo (presente em todas as regiões e o mais perigoso), o escorpião-marrom (Centro-Oeste, Sudeste e Sul), o escorpião-amarelo-do-nordeste (comum no Nordeste e alguns estados do Sudeste) e o escorpião-preto-da-amazônia (Norte e Mato Grosso).
A maioria das vítimas de picadas pertence ao grupo de 20 a 29 anos, com predomínio de pessoas pardas (53%). A região Sudeste lidera em número de acidentes (93.369), com São Paulo sendo o estado com mais notificações (48.651). A incidência é maior em zonas urbanas (65,92%).
As principais áreas do corpo afetadas são o pé e a mão, com 89% dos casos classificados como leves. A taxa de letalidade é maior em vítimas que demoram a receber atendimento, chegando a quase 40% em casos atendidos após 24 horas. Dentre os sintomas mais comuns estão dor (85,69%), inchaço (64,55%) e hemorragia subcutânea (10,9%).
Escorpiões possuem características peculiares: ficam fluorescentes sob luz ultravioleta, picam pela cauda, e algumas espécies podem até se desprender do metassoma para fugir de predadores, o que leva à morte por intoxicação posterior.