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Uma pesquisa do renomado Institut Pasteur, na França, trouxe à tona descobertas impactantes sobre os efeitos do tabagismo no sistema imunológico. Mesmo anos após abandonar o cigarro, o impacto persiste, revelando uma preocupação para a saúde a longo prazo.
O estudo, que envolveu a análise de amostras de sangue de mil indivíduos saudáveis expostos a vírus e bactérias, identificou três fatores cruciais: tabagismo, infecção latente por citomegalovírus e índice de massa corporal (IMC). Os resultados indicam que, embora a resposta inflamatória em ex-fumantes diminua, os efeitos prejudiciais nas células T, fundamentais para a defesa contra doenças, persistem por uma década ou mais.
Darragh Duffy, líder da Unidade de Imunologia Translacional do Institut Pasteur, ressaltou que esta é a primeira evidência concreta do impacto duradouro do tabagismo nas respostas imunológicas. A pesquisa também destaca que o tabagismo provoca mudanças persistentes no sistema imunológico, afetando a expressão genética.
Violaine Saint-André, bióloga computacional do Institut Pasteur e principal autora do estudo, sublinhou a importância dessas descobertas para compreender o impacto do tabagismo na saúde humana, tanto em indivíduos saudáveis quanto naqueles que enfrentam diversas doenças.
Os cientistas alertam para a necessidade de mais estudos em grupos mais diversos, visando aprofundar o entendimento das interações entre proteínas e genes impactados pelo tabagismo. Essas revelações oferecem um panorama valioso sobre os efeitos do cigarro na saúde, destacando o papel dos fatores ambientais modificáveis na variabilidade das respostas imunológicas, concluíram os pesquisadores.