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A Frente Parlamentar Evangélica (FPE) do Congresso Nacional repudiou nesta segunda-feira (19) as declarações do presidente Lula sobre Israel, nas quais ele comparou os ataques de Israel ao grupo terrorista Hamas com o genocídio sofrido pelos judeus durante o Holocausto.
Em nota oficial, a FPE afirma que as falas de Lula “comprometem a política internacional de forma desnecessária” e provocam um “conflito ideológico desnecessário”.
“Com a ressalva do respeito às pessoas que inocentemente morrem, Israel, ao contrário de Hitler, está exercendo o seu direito de sobreviver diante de um grupo com o objetivo de eliminar os judeus”, argumenta a Frente.
A FPE também ressalta que não é “justo” uma nação se manter passiva diante de ataques e que a Frente “respeita a presidência da República, mas entende que verbalizações desequilibradas, além de não representarem o pensamento da maioria dos brasileiros, comprometem a política internacional de forma desnecessária”.
Declaração de Lula gera crise diplomática
As declarações de Lula foram dadas durante entrevista coletiva após a participação do presidente na 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, em Adis Abeba, capital da Etiópia.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler decidiu matar os judeus”, afirmou o petista.
As declarações de Lula geraram forte reação do governo de Israel, que o considerou “persona non grata” e exigiu uma retratação. Diante da crise diplomática, o embaixador do Brasil em Tel Aviv, Frederico Meyer, foi chamado por Lula para voltar ao Brasil para consultas.
Eis a íntegra da nota de repúdio
“As Frentes Parlamentares Evangélicas do Congresso Nacional e do Senado Federal repudiam as palavras mal colocadas de Sua Excelência, o Presidente da República, Sr. Luís Inácio Lula da Silva, proferidas neste domingo (18) pelas razões a seguir.
1 – Comparar os ataques de Israel ao Hamas com o nazismo que vitimou 6 milhões de judeus “INDEFESOS” é provocar um conflito ideológico desnecessário;
2 – Com a ressalva do respeito às pessoas que inocentemente morrem, Israel, ao contrário de Hitler, está exercendo o seu direito de sobreviver diante de um grupo com o objetivo de eliminar os judeus;