O ex-diretor da Otrantur, empresa encarregada do transporte coletivo em São Vicente, no litoral paulista, teve sua prisão preventiva revogada. Dário Pereira Alencar, apontado como operador financeiro da facção criminosa Primeiro Comando Capital (PCC), foi solto por decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). A informação foi publicada nesta terça-feira (27) pela TV Tribuna
Alencar foi detido em 12 de setembro de 2023, no bairro Vila Caiçara, em Praia Grande (SP). Ele figurava como um dos principais alvos da Operação Sharks, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Polícia Militar, cujo propósito era desmantelar lideranças ligadas a uma facção criminosa.
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Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público, Dário desempenhava o papel de “testa de ferro”, assumindo a responsabilidade pelas ações enquanto os líderes permaneciam no anonimato. Sua atuação envolvia a aquisição de imóveis e a abertura de contas bancárias desde 2014.
Em resposta à TV Tribuna, o advogado de Dário, Renan de Lima Claro, afirmou que a comprovação de sua mínima participação na suposta organização criminosa foi crucial para a revogação da prisão preventiva.
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O juiz da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e de Valores da Capital, Leonardo Valente Barreiros, determinou que Alencar seja monitorado por tornozeleira eletrônica. Ademais, ele está sujeito a restrições como não deixar a cidade por mais de oito dias e evitar contato com as testemunhas do processo.
Lima Claro acrescentou que seu cliente nunca administrou o patrimônio de terceiros. “Segundo a própria decisão, ele se limitava a movimentar e investir sem ter pleno conhecimento da eventual origem ilícita dos ativos. Diante desses argumentos, somados à demora do processo e ao fato de ser réu primário e possuir bons antecedentes, não havia justificativa para manter sua prisão”, declarou o advogado.
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