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Tremor nas mãos pode ser sinal de algo mais sério? Descubra o risco segundo este estudo

(Pixabay)

Pessoas com tremor essencial, um distúrbio do movimento que causa tremores involuntários, podem ter até três vezes mais chances de desenvolver demência, de acordo com um novo estudo.

“Os tremores não apenas afetam a capacidade de uma pessoa para realizar tarefas diárias, como escrever e comer, como nosso estudo sugere que pessoas com tremor essencial também correm um risco maior de desenvolver demência”, disse o Dr. Elan Louis, autor do estudo e professor de neurologia no Centro Médico Southwestern da Universidade do Texas em Dallas.

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Embora o risco de demência no tremor essencial seja significativo, ainda é menor do que o da doença de Parkinson, um distúrbio do movimento menos comum, mas mais grave, ressaltam os autores.

O tremor essencial faz com que as mãos, braços, pernas, cabeça, tronco, mandíbula ou voz de um paciente tremam ritmicamente, de acordo com a Johns Hopkins Medicine. É mais comum em pessoas com mais de 65 anos, mas pode afetar pessoas de qualquer idade e é frequentemente confundido com o Parkinson.

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As causas do tremor essencial ainda não são totalmente compreendidas, mas uma teoria sugere que ele ocorre quando o cerebelo não se comunica adequadamente com outras partes do cérebro, diz a Johns Hopkins. O cerebelo é responsável pela coordenação muscular.

Estudo acompanhou 222 pacientes

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No estudo, os pesquisadores acompanharam 222 pacientes com tremor essencial. Os participantes tinham uma idade média de 79 anos no início do estudo e foram submetidos a testes regulares de raciocínio e memória para detectar o início da demência.

Resultados do estudo

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  • No início do estudo, 168 pacientes tinham função cerebral normal.
  • 35 apresentavam declínio cognitivo leve.
  • 19 já tinham demência.
  • Durante o acompanhamento, 59 pacientes desenvolveram declínio cognitivo leve.
  • 41 desenvolveram demência.

Risco de demência três vezes maior

Cerca de 19% dos participantes desenvolveram demência durante o estudo. Em média, 12% das pessoas com declínio cognitivo leve progrediram para demência a cada ano. Essas taxas foram três vezes mais altas do que as da população geral, mas mais baixas do que as observadas em pessoas com Parkinson.

Os pesquisadores também descobriram que 27% dos participantes tinham ou desenvolveram declínio cognitivo leve durante o estudo, uma taxa quase duas vezes maior que os 14,5% encontrados na população geral, mas menor que os 40% observados em pessoas com Parkinson.

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Os resultados do estudo serão apresentados formalmente na reunião anual da Academia Americana de Neurologia em abril. É importante ressaltar que o estudo foi observacional, o que significa que não é possível determinar uma relação causal entre tremor essencial e demência. Além disso, pesquisas apresentadas em congressos científicos ainda são consideradas preliminares até que sejam publicadas em revistas revisadas por pares.

“Embora a maioria das pessoas com tremor essencial não desenvolva demência, nossos resultados fornecem a base para que os médicos informem as pessoas com tremor essencial e suas famílias sobre o aumento do risco e qualquer mudança potencial na vida que possa acompanhar esse diagnóstico”, disse o Dr. Louis.

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Mais informações: A Johns Hopkins Medicine oferece mais informações sobre o tremor essencial. Fonte: Academia Americana de Neurologia, comunicado de imprensa, 6 de março de 2024

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