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Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato favorito à indicação do Partido Republicano para as eleições presidenciais de novembro, prometeu na segunda-feira uma ação polêmica como uma de suas primeiras medidas caso seja eleito. Em um comunicado feito através de sua rede social Truth Social, Trump declarou que, se eleito, irá libertar as pessoas detidas por envolvimento no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
“Meus primeiros atos como seu próximo presidente serão fechar a fronteira (…) e libertar os reféns de 6 de janeiro que foram presos injustamente”, escreveu Trump em sua declaração, sem fornecer mais detalhes sobre como essa ação seria executada.
Essa promessa provocou reações intensas, com uma porta-voz da campanha de Joe Biden, atual presidente democrata e candidato à reeleição, alertando sobre as intenções de Trump. Sarafina Chitika, citada pela NBC, afirmou que Trump “demonstrou que fará tudo o que for preciso para se manter no poder — incluindo desculpar e encorajar a violência política”.
A possibilidade de Trump retornar ao cargo também gerou preocupação entre alguns setores da população, especialmente após o violento ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Chitika reforçou que “o povo americano não se esqueceu do violento ataque ao nosso Capitólio em 6 de janeiro — eles sabem que Trump é muito perigoso para ser deixado perto do Salão Oval novamente”.
Trump já havia insinuado anteriormente sobre sua conduta hipotética no primeiro dia de um eventual retorno à Casa Branca, afirmando que não agiria como um ditador, “exceto no primeiro dia”.
Enquanto Trump continua sua campanha e se prepara para as eleições de novembro, recentes pesquisas eleitorais mostram uma competição acirrada entre ele e Biden. De acordo com a última pesquisa do New York Times e do Siena College, Biden conta com apenas 43% de apoio, enquanto Trump mantém 48% das intenções de voto.
Além disso, Trump enfrenta investigações por supostamente incitar a invasão ao Capitólio. Embora tenha sido indiciado em agosto de 2023, Trump se declara inocente. Questões legais relacionadas à sua elegibilidade também foram levantadas em estados como Colorado, Maine e Illinois, com base na 14ª Emenda da Constituição dos EUA, que estabelece restrições para indivíduos que tenham “se envolvido em uma insurreição ou rebelião” contra o governo federal. No entanto, a Suprema Corte dos EUA recentemente derrubou essas decisões, afirmando que cabe ao Congresso do país decidir sobre tais questões.