A Justiça de São Paulo decidiu que o corintiano Leonardo Souza Ceschini, de 34 anos, acusado de assassinar a esposa, a representante comercial Érica Fernandes Alves Ceschini, de 34 anos, será levado a júri popular. O crime ocorreu há mais de dois anos, em 31 de janeiro de 2021, quando Leonardo desferiu oito facadas em Érica após uma discussão por causa de um jogo de futebol. O julgamento será realizado no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista, com data a ser determinada.
O empresário responde em liberdade pelo crime de homicídio doloso qualificado por feminicídio, motivo fútil e meio cruel, cometidos na frente de seus filhos gêmeos, que tinham cerca de 2 anos na época do ocorrido. Segundo laudo psicológico, as crianças testemunharam o crime no apartamento em que a família residia, no bairro São Domingos, Zona Norte da cidade.
Leonardo, torcedor do Corinthians, confessou o assassinato alegando que ele e Érica discutiram no dia seguinte à final da Copa Libertadores de 2021, na qual o Palmeiras foi campeão ao vencer o Santos por 1 a 0. Vizinhos acionaram a Polícia Militar após ouvirem gritos, e ao chegarem ao local, encontraram Érica morta e ensanguentada na cozinha, enquanto o marido estava ferido.
Inicialmente, Leonardo alegou que a esposa o havia esfaqueado e cometido suicídio, mas posteriormente confessou o crime. Ele desferiu três facadas no peito de Érica, quatro nas costas e uma na perna. A Justiça determinou que o acusado continue respondendo em liberdade pelo assassinato, mesmo após ter sido preso em flagrante e solto em fevereiro de 2021, aguardando o desenrolar do processo.
O Ministério Público denunciou Leonardo pelo assassinato em julho de 2021, e em fevereiro de 2024, a juíza Marcela Raia de Sant’Anna pronunciou o acusado, determinando que ele seja julgado pelo júri popular.