Últimas Notícias

Gravidez acelera envelhecimento? Entenda os novos estudos sobre a gestação

(Pixabay)

Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]

Decidir ter e criar um filho pode ser gratificante e mudar a vida de quem está grávida. Dois novos estudos sugerem que a gravidez pode acelerar o processo de envelhecimento das pessoas gestantes. São pesquisas realizadas por dois grupos de cientistas separados sobre os marcadores genéticos das células sanguíneas das grávidas.

Com base nos resultados, descobriu-se que as células envelhecem a um ritmo acelerado, acrescentando meses ou até anos à chamada “idade biológica” da mulher à medida que a gravidez avança.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Mas um dos estudos também traz uma descoberta otimista. Afirma que o processo de envelhecimento pode ser revertido após o parto. Isso é possível retrocedendo no tempo, de modo que as células de algumas mães parecem ser biologicamente mais jovens após a gestação, especialmente se a mãe amamentar o bebê.

Um dos estudos foi publicado na revista PNAS da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, e alertou que a gravidez “tem um grande impacto no corpo da mulher” e em sua idade biológica. Foi liderado pelo Dr. Calen Ryan, pesquisador científico associado do Columbia Aging Center da Universidade de Columbia, em Nova York, com colaboradores no Canadá e nas Filipinas.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Nesse caso, os cientistas usaram diferentes “relógios” de idade biológica e outras medidas para analisar marcadores de DNA em amostras de sangue. Não são relógios, mas algoritmos desenvolvidos com programas de inteligência artificial que examinam os padrões de marcadores químicos especializados. Esses marcadores se acumulam e mudam em resposta à nossa idade, saúde e estilo de vida, um processo conhecido como epigenética, conforme relatado pelo jornal The Washington Post.

Os algoritmos podem usar esses marcadores epigenéticos para estimar a idade relativa das células. Essa medida, ou seja, a “idade biológica”, pode ser diferente da idade cronológica de uma pessoa, que apenas indica o tempo que ela está viva.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Os pesquisadores analisaram amostras de sangue de 825 mulheres jovens das Filipinas. Todas nasceram no mesmo ano. Algumas estiveram ou estavam grávidas, e outras não haviam concebido. Ao analisar essas amostras, os relógios epigenéticos coincidiram amplamente que a idade biológica das jovens que estiveram ou estavam grávidas tendia a ser superior à das demais, pelo menos em vários meses, mesmo depois que os pesquisadores controlaram as disparidades econômicas e outros fatores sociais e de saúde.

Enquanto isso, o outro estudo sobre o tema foi publicado na revista Cell Metabolism, e usou vários relógios epigenéticos diferentes para estimar a idade interna em mudança das mulheres grávidas em vários momentos de suas gestações.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Kieran O’Donnell, professor associado do Centro de Estudos da Criança de Yale e da Escola de Medicina de Yale e coautor, disse que buscaram analisar os efeitos da gravidez como um teste de estresse natural. Cientistas da Alemanha também participaram.

Com amostras de sangue de 119 mulheres grávidas americanas e cinco relógios diferentes, os pesquisadores rastrearam as mudanças epigenéticas relacionadas à idade biológica das mulheres. Eles o fizeram desde o início da gestação até três meses após o parto.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Os relógios novamente coincidiram que a gravidez parecia envelhecer as mães iniciantes à medida que se aproximavam do termo, fazendo com que o DNA de suas células sanguíneas parecesse ter até dois anos a mais do que no início da gestação.

O mais encorajador, no entanto, segundo O’Donnell, é que esse envelhecimento pareceu ser revertido na maioria das mulheres nos três meses após o parto.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Em geral, seus padrões de marcadores de DNA logo voltaram a um estado anterior, mais jovem, e no caso de algumas mães recentes que amamentaram exclusivamente nos três primeiros meses pós-parto, ultrapassaram a marca. Ou seja, elas aparentemente ficaram “mais jovens” biologicamente do que antes, até oito anos. Eles escreveram no trabalho: “Isso indica uma inversão acentuada do envelhecimento biológico”.

Alguns pesquisadores que estudam o envelhecimento, a longevidade e a epigenética são céticos em relação aos resultados. “Acho improvável que a gravidez induza uma aceleração do envelhecimento biológico de todo o corpo que seja revertida pouco depois da gravidez”, afirma Matt Kaeberlein, pesquisador de longevidade e diretor-geral da Optispan, uma empresa que promove a longevidade.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Charles Brenner, que estuda metabolismo, câncer e envelhecimento no Instituto de Pesquisa Beckman do Centro Médico Nacional City of Hope da Califórnia, foi mais direto em um e-mail. “100%, é um uso inadequado de biomarcadores de envelhecimento”, escreveu.

Charles Brenner, que estuda metabolismo, câncer e envelhecimento no Instituto de Pesquisa Beckman do Centro Médico Nacional City of Hope da Califórnia, foi mais direto em um e-mail. “100%, é um uso inadequado de biomarcadores de envelhecimento”, escreveu.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Os pesquisadores afirmam que os resultados dos dois estudos não seriam evidências de que as mulheres grávidas envelheçam e rejuvenesçam repentinamente, nem de que experimentem efeitos duradouros que possam encurtar ou prolongar diretamente sua expectativa de vida. Mas as mudanças celulares capturadas e analisadas pelos relógios epigenéticos podem, um dia, ser indicadores úteis de saúde.

“Acredito que os dois novos estudos publicados têm limitações muito importantes, pois consideram apenas um conjunto de indicadores biológicos como medida de envelhecimento”, disse à Infobae a doutora em ciências químicas Claudia Pérez Leirós, pesquisadora principal do Conicet no IQUIBICEN e na Faculdade de Ciências Exatas e Naturais da Universidade de Buenos Aires.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

“Há outros trabalhos que também buscam essas associações entre gravidez e doença cardiovascular. Mas, em todos os casos, são trabalhos com limitações, pois tentam responder a uma pergunta complexa estudando populações limitadas em número e características por meio de uma avaliação de um conjunto de biomarcadores”, acrescentou.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile