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Adolescentes e o Uso de Mídia Digital: Pesquisa de McGill não Encontra Fortes Vínculos com Experiências Psicóticas na Vida Adulta
À medida que a mídia digital se torna uma parte cada vez mais presente na vida diária dos adolescentes, a questão de como o aumento do tempo de tela afetará seus cérebros no futuro está se tornando mais urgente.
Um grupo de pesquisadores da Universidade McGill se propôs a determinar se o uso de videogames, computadores e outras mídias durante a adolescência estava associado a experiências psicóticas na vida adulta.
Eles encontraram associações fracas entre o uso de mídia na adolescência e experiências psicóticas, que pareciam ser amplamente explicadas por outros fatores, como saúde mental e dificuldades interpessoais durante a infância.
“Nossos resultados são tranquilizadores porque não apoiam a ideia de que o uso de mídia na adolescência é um fator de risco significativo para experiências psicóticas na vida adulta”, disse Vincent Paquin, residente em psiquiatria e autor principal do novo estudo publicado no JAMA Psychiatry.
Videogames como Estratégia de Enfrentamento
Aproximadamente 12% dos 1.226 participantes do estudo relataram jogar videogame com frequência entre 12 e 17 anos de idade. Jovens deste grupo tinham mais probabilidade do que seus pares de pertencer a famílias de baixa renda e tinham níveis mais altos de dificuldades de saúde mental e interpessoais antes da adolescência.
“Acreditamos que isso sugere que alguns jovens são atraídos pelos videogames em resposta a circunstâncias de vida desafiadoras, por exemplo, como uma forma de enfrentamento ou porque os videogames são mais acessíveis do que outras atividades nesse contexto”, disse Paquin.
Embora o uso de mídia deva ser equilibrado com outros aspectos importantes do bem-estar, os pesquisadores afirmam ser importante entender como as tecnologias de mídia, como os videogames, podem ajudar as pessoas a lidar com circunstâncias de vida desafiadoras.