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Cuba: Número de presos políticos aumenta após manifestações de março, denuncia ONG

Foto: Jorono/Pixabay

Após as manifestações de março, a ONG Prisoners Defenders denunciou um aumento no número de presos políticos em Cuba. No último mês, ocorreram 24 detenções, elevando o total para 1.092 pessoas privadas de liberdade por motivos políticos.

O relatório da ONG enviado ao Infobae destacou que, três anos após as massivas manifestações de 11 de julho de 2021, o povo cubano voltou às ruas em massa para expressar seu repúdio ao regime e exigir liberdade, mesmo cientes das punições com repressão e prisão impostas pelas autoridades a qualquer manifestação cidadã. Em março passado, 24 cidadãos cubanos foram adicionados à lista de prisioneiros políticos da Prisoners Defenders após participarem de manifestações pacíficas, principalmente no leste do país.

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Os municípios com o maior número de novos prisioneiros políticos devido às manifestações de março foram Santiago de Cuba (11) e Holguín (8), havendo também presos por esse motivo em Artemisa (1), Cienfuegos (1), La Habana (1), Las Tunas (1) e Sancti Spíritus (1). Onze desses prisioneiros políticos foram detidos em protestos entre 8 e 16 de março, enquanto os outros 13 correspondem às manifestações de 17 e 18 de março.

“Libertade”, “Não à violência!”, “Comida e liberdade!” e “Pátria e Vida” foram os slogans entoados pelos manifestantes, que, embora não tenham sido violentos, foram reprimidos.

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Em 19 de março, Beatriz Johnson Urrutia, primeira secretária do Partido Comunista em Santiago de Cuba, afirmou: “Não posso dizer que tenha havido qualquer mostra de agressividade ou algo assim contra nós, muito pelo contrário”.

No entanto, o relatório ressaltou que as autoridades cubanas exerceram violência contra os manifestantes. “Foi notável, apesar de todos os esforços para ocultá-la cortando a internet e evitando serem capturados pelas câmeras dos celulares, agindo de forma mais massiva e violenta contra os manifestantes quando a noite caiu”, indicou.

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Tortura de Prisioneiros Políticos

A ONG denunciou que, nos últimos dias, dois prisioneiros políticos foram vítimas de tortura em duas prisões cubanas conhecidas pela brutalidade de seus guardas: a Prisão Boniato, em Santiago de Cuba, e a Prisão 1580, em San Miguel del Padrón, La Habana.

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“Na quinta-feira passada, 4 de abril, sete guardas da Prisão Boniato em Santiago de Cuba agrediram brutalmente o prisioneiro político Ibrahim Domínguez Aguilar. Segundo um colega de cela, estando algemado, ‘eles o jogaram no chão, colocaram o pé na cabeça dele, bateram em todo o rosto dele… depois tiraram as algemas como se nada tivesse acontecido’”, detalhou o relatório.

Ibrahim, condenado a 10 anos por participar das manifestações de 11 de julho de 2021, tentava receber atendimento na clínica da prisão e o educador o chamou de “falador” por denunciar a falta de atendimento médico nas prisões cubanas. Sem mais delongas, eles o algemaram, o levaram para sua cela e lá mesmo ele recebeu uma violenta surra enquanto estava algemado.

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Da mesma forma, em 18 de março, o prisioneiro político Reynier Reinosa Cabrera, preso por participar das manifestações de 11 de julho, retornava de uma permissão na Prisão de Trabalho Forçado Toledo II, em La Habana, quando, ao ser revistado pelos guardas, encontraram um celular em seu short. Ao perceberem o esquecimento, Reynier pediu que fosse entregue ao familiar que o acompanhava. Mas não apenas os guardas não atenderam ao pedido, como naquela mesma noite ele foi transferido à Prisão 1580, em San Miguel del Padrón, momento em que os guardas o algemaram à força e o espancaram brutalmente: “Eles o algemaram à força, o espancaram, deram-lhe chutes enquanto o chamavam de escória… ele tem uma mão quebrada e os joelhos raspados”, afirmou um colega de Reynier que também está preso na Prisão 1580.

As autoridades penitenciárias revogaram por um ano o benefício da menor severidade a Reynier e o alertaram de que não aprovarão a liberdade condicional que lhe seria concedida em julho deste ano, lembrou a Prisoners Defenders.

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