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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deu início à segunda fase da investigação sobre a suposta infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos serviços de transporte público da capital paulista. Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) estão buscando evidências de possível envolvimento de agentes políticos no esquema. A informação foi divulgada pela TV Globo neste sábado (13).
Nesta nova etapa da apuração, será realizado um Procedimento Investigatório Criminal (PIC), com o intuito de reunir indícios de autoria e materialidade relacionados aos crimes mencionados no pedido de investigação.
Os delitos em questão incluem formação de cartel, peculato, desvio de verbas públicas, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro, supostamente envolvendo os suspeitos e agentes políticos.
Na última terça-feira (9), uma operação conduzida pelo MP resultou na prisão de dirigentes das empresas de ônibus Transwolff e UPBus, que prestam serviços na capital paulista, sob suspeita de ligação com a facção criminosa. Duas denúncias foram apresentadas contra as companhias de ônibus.
Cada denúncia visa uma das empresas, ou seja, aponta possíveis crimes cometidos por cada uma delas. São as chamadas “denúncias em separado”, que estão sendo avaliadas pelo Judiciário.
Há mais de duas décadas, o Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa com atuação dentro e fora dos presídios de São Paulo, teria conseguido infiltrar-se em setores públicos do estado por meio de empresas de transporte, coleta de lixo e organizações de saúde. Para o promotor Lincoln Gakiya, responsável pelo Gaeco, a facção assumiu características de uma máfia.
A operação contou com a participação do Ministério Público, da Polícia Militar, da Receita Federal e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública responsável por fiscalizar e combater abusos de poder econômico.
O MP apresentou denúncia contra dez dirigentes e membros da Transwolff e 18 dirigentes e membros da UPBus, acusando-os de crimes como organização criminosa e lavagem de dinheiro.