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Em 2023, foram notificados 80.012 novos casos de tuberculose no Brasil, resultando em uma incidência de 37 por 100 mil habitantes, em comparação com os 81.604 casos novos registrados em 2022, o que representa 38 por 100 mil habitantes. Esses dados são provenientes do Boletim Epidemiológico de Tuberculose divulgado em março deste ano pelo Ministério da Saúde.
Uma observação relevante do documento é o aumento gradual no número de pessoas iniciando o tratamento preventivo da tuberculose. Entre 2018 e 2023, 163.885 pessoas deram início a esse esquema terapêutico. No último ano, o tratamento de 12 semanas, conhecido como 3HP, representou 52,5% do total de tratamentos preventivos, com 80,2% de sucesso.
De acordo com Fernanda Dockhorn, coordenadora-geral de Vigilância de Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas do Ministério da Saúde, o aumento no diagnóstico após a pandemia indica um retorno às ações para eliminar a tuberculose, o que permite o início do tratamento e a redução da transmissão. Fernanda enfatizou a importância do diagnóstico, tratamento e prevenção para alcançar a eliminação da doença.
O Ministério da Saúde alocou R$ 14 milhões para apoiar projetos de pesquisa operacional voltados à vigilância, prevenção e eliminação da tuberculose. Além disso, aproximadamente R$ 3 milhões foram investidos em pesquisa e desenvolvimento de novas vacinas, em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Segundo o Ministério, o Brasil é pioneiro no lançamento de uma política governamental para eliminar ou reduzir a tuberculose e outras 13 doenças e infecções que afetam populações vulneráveis. O programa Brasil Saudável é resultado do trabalho do Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e Outras Doenças Determinadas Socialmente, criado em abril de 2023.