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Dia Mundial da Rinosinusite Crônica: Conscientização sobre uma Doença Subestimada

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No dia 20 de abril, comemora-se o Dia Mundial da Rinosinusite Crônica com Polipose (RSCcP). Essa condição é um processo inflamatório da mucosa nasal que reveste o nariz e os seios paranasais, durando mais de 12 semanas, sendo uma doença sistêmica.

Os dados disponíveis, dos Estados Unidos e da Europa, indicam que sua prevalência é de cerca de 11% entre os americanos, enquanto afeta aproximadamente 1 em cada 10 europeus. Na prevalência dessa doença, a clínica é soberana e pode haver mais sintomas do que diagnósticos reais.

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Os fatores que explicam o alto número de pessoas com Rinosinusite Crônica com Polipose incluem:

– Tabagismo
– Refluxo gastroesofágico
– Associação com Asma (prevalência de cerca de 25%)
– Associação com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
– Exacerbação da doença respiratória por AINEs (medicamentos não esteroides), como aspirina, ibuprofeno, diclofenaco
– Poluição do ar
– Exposição ocupacional

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A rinosinusite crônica tem 2 fenótipos (entidades) com polipose e sem polipose.

A Rinosinusite Crônica com Polipose Nasal é causada por inflamação tipo 2, predominando este perfil Th2, envolvendo células epiteliais, eosinófilos, mastócitos, mediadores inflamatórios (interleucinas 5 – 4 -13) IgE.

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É uma doença com carga clínica, humanística e econômica, pouco reconhecida apesar da natureza recalcitrante e da alta carga de sintomas.

O diagnóstico clínico da RSCcP é baseado nos seguintes sintomas:

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– Obstrução nasal/bloqueio nasal
– Rinorreia anterior/posterior
– Dor/pressão facial
– Redução do olfato (hiposmia – anosmia)

Também podem estar presentes alguns sintomas secundários como:

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– Halitose (mau hálito)
– Tosse
– Rouquidão

Na consulta, uma anamnese detalhada deve ser realizada, seguida pela inspeção da área através de rinolaringoscopia, e/ou solicitação de imagens, como tomografia nasossinusal.

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Um dos sintomas mais problemáticos e persistentes em pacientes com RSCcP é a perda do olfato. Isso está relacionado com a gravidade da doença e tem um impacto substancial na qualidade de vida, podendo causar ansiedade, depressão e fobias.

A perda olfativa pode ser severa ou total, expondo as pessoas a possíveis perigos ambientais, como a incapacidade de identificar alimentos estragados ou detectar fumaça ou gás, reduzindo o prazer em comer e beber, e também interferindo na evocação de memórias. Portanto, é muito importante realizar o estudo do olfato (olfatometria), uma ferramenta importante disponível para o otorrinolaringologista, necessária para corroborar essa alteração.

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A RSCcP não só tem esse impacto importante na qualidade de vida geral e específica da doença, mas também afeta a qualidade do sono, pois a insuficiência ventilatória leva os pacientes a respirarem pela boca, dormirem com a boca aberta, roncarem e, consequentemente, terem sonolência diurna aumentada e risco de apneia do sono, com problemas de fadiga e concentração, afetando negativamente a saúde mental do paciente.

Além disso, eles apresentam incapacidade de falar claramente (devido à obstrução), o que afeta o trabalho e as interações sociais, levando ao isolamento.

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Um alto percentual de pacientes também apresenta comprometimento da via aérea inferior. A RSCcP afeta a gravidade da asma, contribuindo significativamente para a hiperreatividade, inflamação e remodelação das vias respiratórias e exacerbando sintomas clínicos.

Quais são os tratamentos para a Rinosinusite crônica com polipose?
Depois de feito o diagnóstico, esses pacientes são indicados para tratamento, que pode incluir tratamento médico ou cirurgia, dependendo do caso.

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Atualmente, as escolas de otorrinolaringologia em todo o mundo propõem a cirurgia endoscópica – tratamento médico – de acordo com as diferentes apresentações da doença.

O objetivo de qualquer um desses tratamentos é restabelecer a função normal do nariz e dos seios paranasais.

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No entanto, em algumas ocasiões, isso pode ser insuficiente e não resolver o problema. Pouco tempo após a cirurgia, os pólipos podem reaparecer e o paciente pode retornar à consulta em busca de solução.

Para esses pacientes, em quem a doença não pode ser controlada porque os pólipos recorrem muitas vezes, até em 40% dos casos, indicamos terapia biológica que atua no processo inflamatório tipo 2.

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Este tratamento com anticorpos monoclonais deve ser indicado em pacientes selecionados e tem resultados muito satisfatórios.

– Restabelece a qualidade de vida
– Reduz o uso de corticoides sistêmicos
– Evita a cirurgia endoscópica
– Melhora significativamente o olfato
– Alivia a asma grave
– Avalia a relação custo-eficácia

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Ao contrário de outros medicamentos feitos a partir de substâncias químicas, os anticorpos monoclonais têm capacidade imunomoduladora, regulando o sistema imunológico e diminuindo a resposta inflamatória.

Em resumo, a terapia biológica, ou seja, os anticorpos monoclonais derivados de organismos ou células vivas, atualmente proporcionam excelentes resultados.

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