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Em 2023, dados da PNAD Contínua Segurança Alimentar mostraram que aproximadamente um em cada quatro domicílios brasileiros enfrentou alguma forma de insegurança alimentar, indicando incerteza quanto à disponibilidade de comida adequada. Cerca de 64,1 milhões de pessoas estavam incluídas nesses domicílios, com 11,9 milhões em situação de insegurança alimentar grave e 8,6 milhões à beira da fome.
Apesar desses números preocupantes, houve uma melhora no panorama ao longo dos anos. Em 2023, 72,4% dos domicílios brasileiros desfrutavam de segurança alimentar, representando 151,9 milhões de pessoas. Esse é o segundo melhor índice registrado, ficando atrás apenas de 2013, quando 77,4% dos domicílios tinham acesso a uma alimentação de qualidade.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atribui essa melhora a fatores como investimento em programas sociais, recuperação econômica e estabilidade nos preços dos alimentos.
O IBGE classifica a insegurança alimentar em três níveis: leve, moderada e grave, dependendo da qualidade e quantidade de alimentos disponíveis nos lares. Por outro lado, a segurança alimentar é caracterizada pelo acesso regular a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer outras necessidades essenciais.
A análise por faixa etária revelou que a insegurança alimentar afeta principalmente as crianças, com 37,4% das crianças até 4 anos vivendo em domicílios com algum grau de insegurança alimentar. As regiões Norte e Nordeste apresentaram as maiores proporções de insegurança alimentar moderada ou grave, enquanto o Sul e o Sudeste registraram as menores proporções.
Em termos regionais, o Pará teve a maior restrição no acesso à alimentação adequada, enquanto Santa Catarina e Paraná foram identificados como locais com acesso pleno e regular à alimentação adequada.