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Governo chileno decreta toque de recolher após assassinato de policiais

Presidencia de Chile

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Após o assassinato de três funcionários da Polícia Militar chilena, o governo estabeleceu um toque de recolher em três localidades da Província de Arauco.

A restrição, que abrange as comunas de Cañete, Contulmo e Tirúa, será válida das 00:00 às 07:00 horas deste domingo.

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O presidente Gabriel Boric comunicou a medida por meio de uma declaração em sua conta na rede social X, após deliberações com altos comandantes das forças de segurança e defesa do país.

A decisão visa apoiar as investigações em curso e garantir a ordem pública na região afetada.

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“Após conversar com o Diretor-Geral da Polícia Militar, os Comandantes em Chefe das Forças Armadas, o Chefe da Defesa Nacional e o Chefe do Estado-Maior Conjunto, e após avaliar diferentes alternativas e atender às necessidades da investigação em curso, instruí a decretação do toque de recolher nas comunas de Cañete, Contulmo e Tirúa, das 00:00 às 07:00 horas”, indicou o presidente chileno.

Além disso, “a vigilância policial e militar na área será intensificada, com patrulhamento conjunto para maximizar a capacidade de resposta a qualquer contingência”.

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“Os criminosos responderão perante o Chile e a justiça”, acrescentou Boric.

Anteriormente, o presidente chileno apelou à unidade em meio à comoção pelo assassinato de três policiais da Polícia Militar e afirmou que, para enfrentar essa situação, “não deve haver esquerda ou direita, nem situação ou oposição”.

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“Todo o Chile deve estar unido como um só punho, como uma única força para fazer justiça, para que não haja impunidade, para desmantelar essas gangues e para que paguem por seus crimes, onde quer que estejam”, ressaltou o presidente durante o funeral dos três agentes falecidos.

Boric, que se deslocou para o local dos fatos, na região centro-sul do país, na região de Bio Bío, a mais de 600 quilômetros ao sul da capital, “não descartou nenhuma ferramenta legal” nesse cenário conturbado, mas enfatizou que o governo agirá “com a cabeça fria” e em coordenação com os poderes do Estado para “obter verdade, justiça e evitar a impunidade”.

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“Nisso, todos são necessários, inclusive o general Yañez”, disse ele em uma mensagem clara dirigida ao diretor da Polícia Militar, que nas últimas semanas tem sido pressionado por grande parte do governo para se afastar após o Ministério Público solicitar sua acusação por suposta responsabilidade nas violações aos direitos humanos cometidas durante os protestos em massa de 2019.

Enquanto isso, o subsecretário do Interior, Manuel Monsalve, explicou a escolha do toque de recolher em vez de um estado de sítio, como foi solicitado por alguns setores políticos.

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Monsalve enfatizou a importância de uma planejamento cuidadoso e coordenado entre as diferentes forças de segurança para implementar medidas eficazes e proporcionais à situação atual.

“Em assuntos delicados, não se deve agir de forma improvisada (…) A implementação de medidas de segurança requer, em primeiro lugar, informações de inteligência, em segundo lugar, implica sentar-se com todas as forças que vão implementar essas medidas de segurança, e isso é o que foi feito durante a tarde”, disse Monsalve, segundo declarações publicadas pelo jornal Emol.

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(Com informações da EFE)

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