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A ocorrência de alagamentos pode aumentar a possibilidade de novos casos de dengue no Rio Grande do Sul

Foto: Divulgação/Secretaria de Saúde

A atenção em relação à possível propagação da dengue no Rio Grande do Sul tem sido uma das preocupações das autoridades de saúde, devido às chuvas intensas e alagamentos na região, embora não seja tradicionalmente um período de alto risco devido às temperaturas mais baixas. De acordo com Cristóvão Barcelos, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em entrevista à Agência Brasil, embora os casos geralmente ocorram no verão, existe a possibilidade de aparecerem em maio, durante o chamado “veranico”, quando as temperaturas aumentam.

Barcelos destacou que, em meio à atual situação de calamidade, com perda de serviços e infraestrutura urbana prejudicada, uma onda de calor nas próximas semanas poderia resultar em um surto significativo de dengue. Ele observou que, embora essa possibilidade também exista em outros estados, a situação no Rio Grande do Sul é agravada pela extensão dos danos à infraestrutura.

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O pesquisador explicou que os ovos do mosquito Aedes aegypti têm alta resistência ao frio e podem eclodir e se desenvolver em água parada e mais quente, mesmo em recipientes diversos. Segundo a Secretaria de Saúde do estado, nos últimos anos têm sido confirmados casos de dengue durante todo o período de inverno, inclusive nas semanas mais frias.

Atualmente, o Aedes aegypti pode proliferar não apenas em águas limpas, mas também em águas paradas, como as encontradas em áreas alagadas. Barcelos alertou que objetos deixados ao ar livre durante as inundações, como geladeiras e pneus, podem se tornar criadouros do mosquito.

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Alessandro Pasqualotto, presidente da Sociedade Gaúcha de Infectologia, expressou preocupação com o possível aumento dos casos de dengue após o término dos alagamentos, dada a extensão das áreas afetadas e a presença prévia do mosquito na região.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, até o momento, foram confirmados 116.517 casos de dengue no Rio Grande do Sul, com 138 óbitos. A pasta está monitorando atentamente a situação e orientando os municípios a estarem preparados para detectar e tratar casos suspeitos.

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Carmem Gomes, do Programa Estadual de Vigilância e Controle do Aedes aegypti, informou que o controle do vetor está suspenso temporariamente devido à impossibilidade de operacionalização de ações, mas será retomado assim que as águas baixarem e os criadouros se tornarem visíveis. Ela recomendou que as pessoas em áreas de alta infestação continuem a tomar medidas preventivas, como o uso de repelente.

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