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Lula deve defender nesta quarta que meta do Acordo de Paris é insuficiente e cobrar recursos de países ricos

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quarta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve destacar que a meta do Acordo de Paris, de limitar o aquecimento global entre 1,5ºC e 2ºC, é “insuficiente”. Além disso, ele vai exigir a transferência de recursos dos países ricos para os em desenvolvimento, com o objetivo de cumprir o acordo.

Durante um discurso nesta semana, Lula afirmou: “A meta do Acordo de Paris, de manter o aquecimento global entre um grau e meio e dois, já é insuficiente. Essa é uma mensagem que vamos reforçar no Dia Mundial do Meio Ambiente. Precisaremos de renovada ambição para o anúncio das novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) na COP 30, em Belém. O Brasil vai liderar pelo exemplo. Apresentaremos contribuições robustas. Nosso compromisso em zerar o desmatamento da Amazônia até 2030 está sendo cumprido”.

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Lula ressaltou a necessidade de financiamento e transferência de tecnologia para que os países do Sul Global possam assumir metas mais arrojadas. “Países em desenvolvimento vão precisar de 4 a 6 trilhões de dólares ao ano para seus esforços de adaptação. Esse é um tema que teremos que enfrentar já na COP de Baku. Captar mais recursos, contudo, não será suficiente se eles não forem acessíveis”, completou.

Em 2015, 195 países assinaram o Acordo de Paris, comprometendo-se a manter o aumento da temperatura do planeta abaixo dos 2ºC, comparado à média pré-revolução industrial. O Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões em 37% até 2025 e em 43% até 2030, comparado aos níveis de 2005. Para alcançar essa meta, o país se propôs a zerar o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030, recuperar 12 milhões de hectares de áreas desmatadas e aumentar a participação de fontes renováveis na matriz energética.

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O primeiro bimestre de 2024 registrou o menor índice de desmatamento da Amazônia em seis anos, segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Nos primeiros dois meses do ano, a Amazônia perdeu 196 km² de florestas, o menor patamar para o período desde 2019. Em comparação com janeiro e fevereiro de 2023, quando foram derrubados 523 km², houve uma redução de 63%.

Entre os estados, apenas o Maranhão apresentou aumento na taxa de destruição. Os outros oito estados da Amazônia Legal registraram quedas expressivas, com Amapá, Tocantins e Acre alcançando uma redução de 100% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Mato Grosso foi o estado que mais contribuiu para o desmatamento, representando 32% do total registrado, seguido por Roraima com 30% e Amazonas com 16%.

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Neste ano, Lula lançou o programa União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia, que receberá R$ 600 milhões do Fundo Amazônia e R$ 130 milhões do Floresta+, totalizando R$ 730 milhões. Até o momento, 53 dos 70 municípios prioritários já aderiram ao programa, responsáveis por 59% das queimadas na região. As metas incluem a criação de escritórios de governança e brigadas municipais de prevenção e combate a incêndios florestais, além de beneficiar ao menos 30 mil famílias com pagamentos por serviços ambientais e ações de assistência.

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