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Alexitimia: Incapacidade de diferenciar fome e emoções contribui para obesidade, dizem médicos

Imagem de DC Studio no Freepik

O estresse é uma reação fisiológica do organismo que permite enfrentar ou escapar de uma ameaça. Essa resposta se ativa tanto diante de perigos reais quanto percebidos, seja um roubo, um problema no trabalho, uma prova ou um encontro amoroso.

Numerosos estudos indicam que o estresse e as emoções podem desencadear a ingestão de alimentos, levando a comer sem sentir fome real como um mecanismo para buscar calma. A doutora Mónica Katz, especialista em nutrição, explica que desde bebês aprendemos que o leite materno reduz a ansiedade, e essa associação entre comida e redução do estresse persiste na vida adulta. Durante situações de estresse, aumenta a preferência por alimentos ricos em calorias, especialmente combinações de carboidratos e gorduras.

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O doutor Maximiliano Kuttel e a licenciada Belén Despierre, do Hospital Italiano de Buenos Aires, apontam que o estresse crônico aumenta os níveis de cortisol, o que pode alterar os comportamentos alimentares e aumentar a incidência de transtornos do humor e fome emocional. O cortisol, sob estresse, induz a preferência por alimentos calóricos que reduzem momentaneamente o desconforto.

A doutora Katz também menciona que os fatores de estresse podem ser de diversos tipos: físicos, químicos, psicológicos ou meteorológicos, e todos podem ser percebidos como ameaças. A alexitimia, que é a incapacidade de distinguir entre emoções e necessidades alimentares, está relacionada à obesidade, pois as pessoas podem confundir raiva ou tédio com fome.

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Em resposta ao estresse, é comum buscar “comidas de conforto”, que são alimentos associados a lembranças positivas e que proporcionam alívio rápido ao mal-estar emocional. Estudos mostram que as escolhas dessas comidas podem variar conforme o gênero, com as mulheres preferindo doces e os homens alimentos mais caseiros.

A doutora Katz alerta que comer por emoções deixa uma marca no cérebro, perdendo a capacidade de lidar adequadamente com as emoções e potencialmente levando ao ganho de peso. Ela recomenda estratégias para gerenciar a fome emocional, como práticas de relaxamento, identificar e refutar pensamentos automáticos que levam a comer, e buscar novas formas de enfrentar as emoções. Além disso, sugere manter um bom descanso e praticar exercícios regularmente para reduzir o estresse.

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Quando as tentativas individuais não são eficazes, recomenda-se buscar ajuda de especialistas em saúde mental, pois comer emocionalmente pode evoluir para transtornos alimentares, que requerem uma abordagem interdisciplinar em serviços de psiquiatria e nutrição.

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