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Consumo de ultraprocessados aumenta em crianças e atinge 80,5% na faixa de 6 meses a 2 anos

Foto: Criador de Imagens Bing

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Nove em cada dez crianças brasileiras com idades entre 2 e 5 anos consomem alimentos ultraprocessados com frequência, conforme aponta o Enani-2019 (Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil). O índice de 93% é dez pontos percentuais superior ao verificado na faixa etária anterior, de 6 meses a menos de 2 anos, onde 80,5% das crianças têm o hábito de consumir ultraprocessados. Além disso, 27,4% dos brasileiros de 2 a 5 anos não consomem frutas e hortaliças, comparado a 22,2% daqueles com até dois anos.

Danielle Mendes, nutricionista materno-infantil, afirmou, em entrevista ao portal R7, que essa é uma tendência preocupante no país. “Esses alimentos, geralmente ricos em açúcares, gorduras saturadas, sódio e muitos aditivos, mas pobres em nutrientes essenciais, contribuem para o aumento do risco de obesidade e doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares ainda na infância.”

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A categoria de ultraprocessados inclui biscoitos, achocolatados, macarrão instantâneo e outros produtos que possuem pouco ou nenhum alimento integral, substâncias industriais não utilizadas em casa, como proteínas isoladas, e aditivos cosméticos, como saborizantes, emulsificantes e corantes.

“A conveniência e praticidade levam muitas famílias brasileiras a incluírem ultraprocessados na dieta diária”, destacou Mendes. Ela também alertou que “o consumo excessivo desses produtos pode levar a deficiências nutricionais, prejudicando o crescimento e o desenvolvimento adequados das crianças. Além do impacto negativo na microbiota intestinal, que pode influenciar o sistema imunológico e a saúde mental das crianças”.

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O sistema NOVA, que classifica os alimentos em quatro categorias, inclui: comida in natura ou minimamente processada; ingredientes culinários processados; alimentos processados; e ultraprocessados. Os ultraprocessados são o quarto grupo e são caracterizados pela adição de substâncias não utilizadas em preparações caseiras.

Danielle Mendes explicou que, se as condições atuais persistirem, os problemas de saúde pública associados à má alimentação e ao sobrepeso infantil podem se agravar. “O consumo de alimentos ultraprocessados tem aumentado significativamente nas últimas décadas, impulsionado por fatores como urbanização, mudanças no estilo de vida e a ampla disponibilidade e publicidade desses produtos”, disse.

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Ela sugeriu que algumas estratégias podem ajudar a lidar com o problema, como a educação nutricional, a oferta de alimentos naturais e minimamente processados, o envolvimento das crianças na cozinha, o planejamento e a organização das refeições, além da criação de um ambiente alimentar positivo.

Do ponto de vista das políticas públicas, a nutricionista enfatizou a importância de melhorar a merenda escolar, incentivar a agricultura familiar, realizar campanhas de conscientização, promover programas de educação nutricional e taxar alimentos ultraprocessados.

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O estudo de 2019 foi realizado com base em 15 mil visitas domiciliares em 124 municípios de todo o país. Neste ano, uma nova versão da pesquisa está em andamento, abrangendo estados como Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Roraima. A Universidade Federal do Rio de Janeiro coordena as atividades junto com outras universidades e instituições públicas.

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