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No início do inverno, apesar das temperaturas mais altas, os médicos estão em estado de alerta devido ao aumento das doenças respiratórias, com destaque para a pneumonia, que registrou um aumento de mais de 30% nos casos apenas em São Paulo este ano.
Deise Silva compartilha sua experiência com a mudança climática, revelando ter passado por um tratamento prolongado com antibióticos após enfrentar uma doença inicialmente diagnosticada como influenza. “Começou com uma influenza e não melhorou. Fui ao pronto-socorro várias vezes até que o diagnóstico final foi pneumonia”, conta.
Doenças como gripe, resfriado, pneumonia, Covid-19 ou virose são identificáveis neste outono, sendo a pneumonia frequentemente iniciada por uma gripe simples ou reação alérgica. Os vírus atacam as vias respiratórias, deixando o paciente vulnerável e facilitando a entrada de outros agentes infecciosos nos pulmões, o que pode comprometer a respiração e a circulação sanguínea.
Caso não seja tratada adequadamente, a pneumonia pode ser fatal. No ano anterior, mais de 86 mil pessoas faleceram no Brasil em decorrência da doença, conforme dados do Ministério da Saúde, com o pico de casos observado neste período do ano.
Apenas cerca de 34% do público prioritário recebeu a vacina contra a gripe até o momento. Em São Paulo, por exemplo, houve um aumento de 32,6% nos casos de pneumonia entre janeiro e abril deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, tendência que se intensifica conforme o inverno se aproxima.
O infectologista e professor da Santa Casa de São Paulo, Mauro Gomes, enfatiza a importância de medidas preventivas como evitar aglomerações, lavagem frequente das mãos e a vacinação contra a gripe, que é a principal porta de entrada para complicações como a pneumonia. “A vacina contra a gripe não protege apenas contra a gripe comum, mas também contra suas complicações, sendo a pneumonia a mais preocupante delas”, destaca.