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Confusão e Barraco: Convenção do PSDB em São Paulo é Marcada por Protestos contra Datena

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A convenção do PSDB realizada neste sábado (27) para oficializar a candidatura de José Luiz Datena à Prefeitura de São Paulo foi marcada por confrontos entre militantes. Os dissidentes, liderados pelo ex-presidente municipal do partido, Fernando Alfredo, manifestaram-se contra a candidatura de Datena e a favor de uma aliança com o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição.

Os manifestantes, munidos de buzinas e apitos, gritavam “democracia” enquanto tentavam forçar a passagem por bloqueios de seguranças na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O grupo foi impedido de entrar no auditório Paulo Kobayashi, onde Datena discursava.

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Antes do início da convenção, houve confusão quando tucanos contrários a Datena tiveram sua entrada barrada na Alesp. Parte dos manifestantes conseguiu invadir o prédio, mas foram novamente bloqueados internamente. A Polícia Militar foi chamada para reforçar a segurança.

Os partidários de Fernando Alfredo vestiam blusas pretas com as inscrições “respeitem a nossa história” e “militância tucana”. Houve bate-boca e empurra-empurra entre seguranças contratados pelo PSDB municipal e os militantes. Parte do grupo conseguiu furar o bloqueio interno e chegou à porta do auditório, gerando tensão e medo de invasão, contida pelos agentes e pela PM.

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Datena foi ovacionado ao chegar ao auditório, acompanhado de Aníbal e do presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo. Em seu discurso, Datena afirmou que o PSDB não está “fragmentado e acabado”. Ele acusou o grupo opositor de querer manter o crime organizado no poder e insinuou, sem apresentar provas, haver ligação entre os dissidentes, Nunes e o crime organizado.

“Isso aqui não é democracia, isso é um bando de vendidos a este prefeito de São Paulo que está borrando as calças”, disse Datena. “É gente vendida por 15, por 30 moedas de prata a este prefeito. Nós não temos medo de combater esta gente”, declarou.

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Após seu discurso, Datena foi ao portão da Alesp, onde bateu boca com os manifestantes pró-Nunes, que estavam barrados do lado de fora. Ele foi chamado de “arregão” e “golpista” e chegou a levar água na cara. Depois disso, entrou em seu carro e partiu escoltado pela polícia.

“Parece que eu nasci para este dia. Parece que meus 67 anos de vida me prepararam para este dia”, disse Datena em seu discurso. Ele também criticou a polarização e fez elogios aos líderes históricos do PSDB. “Eu não chego aos pés, eu não sirvo pra engraxar o sapato do Mario [Covas], do Bruno [Covas], do Fernando Henrique, mas a minha intenção é honrar os nomes deles”, afirmou.

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