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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou o cancelamento de sua viagem a quatro países da Europa, que estava prevista para os próximos dias. A decisão foi tomada a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e foi divulgada pela Assessoria Especial de Comunicação Social do Ministério da Fazenda na manhã deste domingo (3).
“A pedido do presidente Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estará em Brasília ao longo da próxima semana, dedicado aos temas domésticos. Por essa razão, a viagem à Europa, prevista para segunda-feira (4), não será realizada neste momento. A agenda em questão será retomada oportunamente”, afirma a nota oficial.
A viagem foi cancelada em um contexto de alta histórica do dólar, que fechou a semana cotado a R$ 5,87, o maior nível desde maio de 2020. O dólar turismo já é vendido a R$ 6,08. Analistas do mercado financeiro interpretam a decisão como uma tentativa de sinalizar compromisso com a economia em um momento de incerteza.
Na última terça-feira (29), Haddad havia declarado que não havia um prazo definido para a divulgação de medidas de corte de gastos públicos. Essa declaração provocou uma nova alta na cotação do dólar, que se valorizou 2,9% em apenas uma semana. A resistência do governo em adotar medidas fiscais mais rigorosas tem gerado inquietação no mercado.
Parlamentares da oposição reclamaram da viagem do ministro, sugerindo que Haddad estaria ignorando as apreensões do mercado financeiro. A decisão de Haddad de permanecer no país reflete a pressão sobre o governo para abordar as questões econômicas com mais urgência e responsabilidade.