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Uma pesquisa recente aponta que as chances de infidelidade são “significativamente mais altas” entre pessoas poderosas. O estudo, realizado por pesquisadores da Reichman University e da University of Rochester, revelou que as dinâmicas de poder em relacionamentos podem influenciar comportamentos infiéis, especialmente entre aqueles que ocupam posições de maior autoridade.
De acordo com a professora Gurit Birnbaum, autora principal do estudo, quando um parceiro é mais poderoso, pode acreditar que traz mais para a relação do que o outro. “Esse desequilíbrio de poder pode fazer com que a pessoa mais poderosa se sinta mais desejada e com mais opções fora do relacionamento”, explicou Birnbaum.
Entre os casos mais notórios de infidelidade estão os do lendário golfista Tiger Woods, do ex-presidente Bill Clinton e do cofundador da Microsoft Bill Gates, todos conhecidos por escândalos de traição durante seus relacionamentos.
A pesquisa aponta que quem se sente mais poderoso tende a se avaliar de forma mais elevada que seu parceiro. Essa dinâmica de poder, segundo os pesquisadores, também pode ser vista no caso de Bill Clinton e Monica Lewinsky, quando o ex-presidente traiu sua esposa, Hillary Clinton, que mais tarde se tornaria secretária de Estado.
Experimentos e Resultados
Para conduzir a pesquisa, os cientistas realizaram quatro experimentos com participantes israelenses que estavam em relacionamentos heterossexuais e monogâmicos há pelo menos quatro meses. Os resultados mostraram que a percepção de poder influenciava fortemente o interesse em outras pessoas.
Nos dois primeiros experimentos, os participantes foram solicitados a descrever situações em que se sentiram mais poderosos que seus parceiros. Em seguida, escreveram uma fantasia sexual envolvendo outra pessoa ou escolheram fotos de estranhos e decidiram com quem considerariam se envolver.
No terceiro experimento, os participantes descreveram as dinâmicas de poder em seus relacionamentos e realizaram uma tarefa com uma pessoa atraente antes de avaliar seu desejo sexual por ela. No quarto experimento, eles foram convidados a avaliar o próprio poder e o de seus parceiros, além de relatar quaisquer flertes ou atividades sexuais com outra pessoa, ao longo de três semanas.
Os resultados mostraram que pessoas que se sentem mais poderosas tendem a se envolver mais facilmente em fantasias sexuais e têm maior probabilidade de buscar relacionamentos extraconjugais. O professor Harry Reis, coautor do estudo, concluiu: “Pessoas com maior senso de poder podem se sentir motivadas a ignorar o compromisso com o relacionamento e agir conforme seus desejos, buscando aventuras de curto prazo ou até mesmo novos parceiros, caso surja a oportunidade.”