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Diante de Lula, Lacalle Pou diz não há democracia na Venezuela e condena inelegibilidade de opositores de Maduro

O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, fez críticas à Venezuela durante um pronunciamento realizado nesta terça-feira, 4. Ele ressaltou a importância de uma posição clara do Mercosul em relação ao ditador Nicolás Maduro. “Todos nós aqui temos opiniões claras sobre o regime venezuelano e é essencial que sejamos objetivos”, afirmou Lacalle Pou.

 “Está claro que a Venezuela não vai sair para uma democracia saudável, e quando há um indício de possibilidade de uma eleição, uma candidata como Maria Corina Machado, que tem um enorme potencial, é desqualificada por motivos políticos, e não jurídicos”, prosseguiu.

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“E alguns dirão: ‘o que isso tem a ver com o Mercosul?’ Tem a ver porque os distintos blocos e associações do mundo alçaram sua voz a favor da democracia. […] Creio que o Mercosul tenha que dar um sinal claro para que o povo venezuelano possa encaminhar-se a uma democracia plena, que, claramente, hoje não existe”, complementou.

O Brasil assumiu nesta terça a presidência do bloco e ficará à frente do cargo durante seis meses. No dia 30 de junho, María Corina Machado, considerada uma das pré-candidatas favoritas para a eleição presidencial de 2024, foi considerada inelegível a exercer cargos públicos por 15 anos.

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Lacalle também mencionou uma reunião convocada por Lula da Silva no Brasil, onde o assunto foi discutido. O presidente brasileiro tem se aproximado da ditadura de Caracas desde que assumiu o cargo em janeiro de 2023, com visitas de autoridades de todos os níveis e uma reunião com o próprio Nicolás Maduro, líder do regime chavista.

Seu discurso foi precedido pelo discurso de seu homólogo paraguaio, que afirmou: “O único limite razoável deve ser o respeito à democracia e aos direitos humanos. Estou acompanhando com grande preocupação os eventos recentes na Venezuela. Sempre procurei dar voz ao povo venezuelano sofredor. E desta vez não será diferente. A consistência não pode ser abandonada no último minuto. Quando surge uma saída, um plano de esperança para a realização de eleições com a oposição, vemos essa ilusão se desvanecer rapidamente com a desqualificação de Maria Corina Machado”.

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Abdo Benítez observou que sua declaração não está relacionada a qualquer alinhamento ideológico específico: “Este é um fato que contradiz chocantemente e escandalosamente a clara redação dos direitos humanos. Restrições aos direitos políticos por meio de meios administrativos, desativadas pelo controlador, devem sempre ser vistas com desconfiança e consideradas juridicamente inválidas.

O presidente uruguaio aproveitou a ideia para apontar: “Alguém vai dizer ‘o que isso tem a ver com o Mercosul?’ Tem a ver com o motivo pelo qual diferentes blocos de diferentes associações ao redor do mundo levantaram suas vozes. E acredito que estaríamos fazendo um desserviço à democracia venezuelana se não levantássemos nossa voz como fez o presidente Abdo, que eu apoio e endosso”.

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