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Na quarta-feira (21), o diretor do Detran de São Paulo, Luiz Augusto Quintas, foi preso em sua casa. Ele foi acusado de comandar uma organização criminosa que fraudava o sistema do Detran em benefício próprio.
Durante a operação, foram aprendidos R$ 100 mil em dinheiro na casa do diretor, além de R$ 500 mil em cheques e armas com munição.
Augusto é acusado de lavagem de dinheiro, favorecimento pessoal, ocultação de valores e inserção de dados falsos no sistema do Detran.
Outras quatro pessoas foram presas, sendo três donos de escritório despachantes e um policial militar na ativa, que tinha a função de trazer os clientes.
De acordo com a Polícia Civil, o esquema facilitava, mediante pagamento, a venda de veículos, incluindo de pessoas mortas, além de emitir CNHs sem que as pessoas precisassem comparecer às aulas teóricas ou práticas em autoescolas.
Segundo a polícia, a fraude envolvia a falsificação de documentos, que agilizavam a venda de veículos.
De acordo com a investigação, os acessos ao sistema do Detran seriam feitos com senhas clonadas de funcionários, sem que eles soubessem.
O grupo criminoso conseguiu faturar cerca de R$ 2,4 milhões, desde abril do ano passado, quando as investigações começaram em 2019.
Os polícias civis informaram que o grupo cobrava de R$ 2 mil a R$ 7 mil para liberar veículos com problemas de documentação.
Além das prisões, a polícia cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, um deles, na sede do Detran em São Paulo.