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A classificação indicativa em filmes e animações é o suficiente para manter as crianças longe de conteúdos inadequados? Essas classificações estão realmente corretas? Desenhos aparentemente inocentes podem esconder cenas e mensagens impróprias para o público infantil. Atualmente, até cenas com conotação sexual e “desconstrução de gênero” podem ser encontradas em títulos disponíveis para crianças em serviços de streaming.
É na infância que o indivíduo desenvolve seus sentidos e capacidades. Nessa fase, os pequenos aprendem com o que vivenciam, escutam e veem. Especialistas vêm alertando que crianças e jovens que têm acesso a conteúdo inadequado podem estar crescendo, mas não amadurecendo na plenitude de seus direitos humanos, propensos a não serem emocional ou psicologicamente sadios.
Criar filhos nos tempos da hipermodernidade pode se tornar um desafio ainda maior para famílias cristãs. Com a aceleração das agendas de esquerda no campo cultural, os pais precisam garimpar rigorosamente a programação. Como frear essas influências até que a criança cresça e tenha maturidade para lidar com determinados temas?
De acordo com dados obtidos a partir de um levantamento de 2019 do Comitê Gestor da Internet no Brasil, quase 90% das crianças e dos adolescentes brasileiros estão conectados à internet. Desses, 95% usam o celular como principal dispositivo para acessar sites e aplicativos. Essa facilidade de acesso dificulta ainda mais o controle parental.
Grandes estúdios e produtoras de cinema incluíram pautas identitárias em suas produções. A Disney é um exemplo. Empenhada em acelerar a agenda de desconstrução de gênero, a companhia anunciou no ano passado que pelo menos 50% dos seus personagens serão LGBT’s. Ao adentrar pelos portões do mundo mágico da Disneyland os visitantes têm acesso a lojas com roupas e adereços infantis estampados com arco-íris de todos os tamanhos e para todos os gostos. A coleção “Pride” faz parte da empreitada do estúdio em promover a agenda LGBT entre o público infantil.
“Começaram a me enviar até ameaças de morte caso eu insistisse em prosseguir falando dos animes”
A pedagoga Kátia Alencar, 43, moradora da cidade de São Paulo, ganhou destaque nas redes sociais por fazer alertas sobre conteúdos disponibilizados diariamente na internet para crianças e adolescentes. Ela apresenta opções e estratégias para os pais lidarem com o problema. Perto de alcançar 30 mil seguidores em seu Instagram, a profissional da educação, que é mãe de uma menina de 9 anos, conta que já sofreu até ameaças de morte, mas decidiu não abandonar o trabalho.
Evangélica da Igreja Batista do Povo, a pedagoga tem participado de podcast’s do nicho cristão para falar sobre o seu trabalho. Ela afirma que professores estão ensinando ideologias e doutrinas nas escolas que podem confundir a mente das crianças.
Em entrevista à Gazeta Brasil, Kátia falou sobre seu trabalho e contou como lida com os desafios de nadar contra a maré do progressismo na educação.
Fernanda Salles: Você é cristã?
Quando eu tinha 3 anos de idade, meus pais se converteram a Jesus Cristo e começamos a frequentar a igreja evangélica, onde permaneço seguindo os passos de Jesus e vivendo por Sua maravilhosa Graça. Atualmente congrego na Igreja Batista do Povo juntamente com meu esposo e filha.
Fernanda Salles: Esses conteúdos podem prejudicar as crianças? O que os pais podem fazer para proteger seus filhos?
O funcionamento cerebral da criança ainda está em estado de desenvolvimento. Associar isso à exposição incondicional a determinados conteúdos e o uso desenfreado das tecnologias, é atestar e validar o bloqueio de muitas capacidades que as crianças poderiam estar desenvolvendo em sua totalidade, mas que estão cada vez menos expandidas, como: criatividade, socialização, empatia, psicomotricidade, descobertas de novos talentos, entre tantas outras. Além de acirrar questões como défict de atenção, ansiedade, alteração no peso, irritabilidade e agressividade, alteração no sono, etc. No âmbito acadêmico, tenho observado especialmente a diminuição do rendimento escolar por meio de uma visível defasagem cognitiva, conhecida popularmente como “analfabetismo funcional”.
Os pais por sua vez devem tomar medidas:
- Controle parental (controle do acesso, tipo de conteúdo e tempo limitado);
- Ampliação e aperfeiçoamento da conexão emocional com os filhos;
- Investimento e estímulo nos talentos já observados como habilidades manuais, aptidão musical, artística, esportiva, etc.
- Blindá-los com princípios e valores, especialmente Bíblicos, fundamentando sua fé em Cristo e sendo aqueles que cumprem seu papel de lançá-los para o seu destino profético.
Fernanda Salles: Quando começou a usar o seu Instagram para alertar os pais? Por que decidiu se dedicar a esse trabalho?
Em 2018, ao concluir um curso de formação como ministra de Cura e Libertação em crianças e adolescentes, recebi uma palavra profética onde Deus confirmou que meu ministério era com crianças e mostrava uma aljava em minhas costas cheia de flechas (estas representando as crianças que Deus enviaria no meu ministério). Vi um buraco negro e eu estava deitada puxando as crianças de dentro deste buraco. Desde então as coisas começaram a acontecer. Fui convidada por este mesmo ministério para compor a equipe de professores do curso. Comecei a palestrar em igrejas, eventos e caminhei com eles por um período até que circunstâncias, que hoje eu entendo ter sido direcionas por Deus, me levaram a me desligar do trabalho que cooperava junto ao Instagram desta equipe e comecei a postar algumas coisas muito despretensiosamente em meu ig pessoal em maio de 2021, mas dois meses depois, algo muito importante aconteceu. Impelida por Deus, fiz um post com muita ousadia para falar sobre um assunto que não via quase ninguém falando — quando falavam sentia que era de maneira supérflua e com pouca intencionalidade — então, depois de muito estudo, preparo e sem grandes pretensões, postei “ANIMES – um perigo para os seus filhos”.
Para minha surpresa, ao acordar no dia seguinte e abrir meu Instagram o post havia viralizado. Páginas importantes do mesmo nicho haviam compartilhado e, em menos de 24 horas eu passei de pouco mais de 400 seguidores para 5.000 e os números não pararam de crescer. Comecei a receber centenas de mensagens de mães pedindo ajuda quanto aos Animes por identificarem que os filhos estavam enfrentando problemas emocionais, psicológicos e espirituais decorrentes deste conteúdo, porém junto com os pedidos de ajuda vieram também os “haters”, só então tive contato com a existência de uma comunidade muito acalorada que repercutiu muito negativamente ao meu post, Refiro-me aos “Otakus” fãs de Animes no Brasil, dos quais parte deles, além do envio de todo tipo de mensagens ofensivas em todas as minhas redes sociais, começaram a me enviar até ameaças de morte caso eu insistisse em prosseguir falando dos Animes; Só então tomei consciência do vespeiro que havia mexido, mas Deus disse mais uma vez, usando diferente formas, que eu deveria continuar, não retroceder e que Ele estava comigo e eu só precisava obedecer.
Fernanda Salles: Quais dificuldades você já enfrentou nesse tipo de trabalho?
Creio que a maior dificuldade que enfrento, entre outras, é justamente depender de uma plataforma que não simpatiza com as coisas que compartilho, conteúdos como o meu sofrem uma censura velada todos os dia. Já tive posts derrubados, dificuldades com a entrega, limitação do alcance e barreiras semelhantes que sei não serem exclusivas ao meu ig mas a todos que pregam sobre valores e contra toda esta Guerra Cultural que temos enfrentado, especialmente nos últimos anos. Este foi um dos motivos que me fez investir na criação de um conteúdo pago em um ambiente fechado onde posso com mais liberdade partilhar todo o meu conhecimento a ajudar mais as pessoas. Assim nasceu o meu curso “Vencendo a Guerra Cultural”, disponível na modalidade online com alunos no Brasil e no exterior.
Fernanda Salles: Geralmente, qual o conteúdo de suas palestras?
São muitos temas, porém atualmente os mais procurados são:
- Os desafios e conflitos desta era moderna na criação de Filhos;
- Os perigos da Internet e mídias sociais na infância e adolescência;
- Capacitação para os atuantes no ministério Infantil e redefinição do ministério neste século;
- Animes e Mangás e suas implicações;
- A Guerra Cultural e como blindar os filhos.
Fernanda Salles: Você acredita que essas imposições ideológicas em desenhos e filmes infantis são parte de um plano maior de destruição familiar? Por quê?
Absolutamente sim! A guerra cultural com as imposições ideológicas como temos visto claramente nos conteúdos infantis visa na sociedade como um todo:
- A deturpação de valores;
- A inversão de papéis;
- O envenenamento das mentes.
- E para que este plano tenha êxito o alvo é justamente as crianças, Alice Bailey, uma das fundadoras do Movimento Nova Era em seu plano contra o Cristianismo, disse:
- “Quando você for mudar uma nação, não se preocupe com as pessoas mais velhas. Elas estão muito arraigadas nas velhas tradições, por isso não irão mudar. Trabalhem com as crianças, especialmente as com menos de 10 anos de idade. Destrua os conceitos cristãos. Faça-os parecer doidos e ilusórios. Adicione ideias que não sejam bíblicas.
Misture paganismo ao estilo de vida deles. Destrua-os com todas as forças. Retire Deus e as orações do sistema de educação. Mude o currículo para ter certeza que as crianças sejam livres da escravidão da cultura cristã. Se você retirar Deus do sistema de educação, inconscientemente, quem está sob esse sistema vai ter em mente que não necessita de Deus para nada. Passará a enxergar Deus como algo adicional e não necessário.”
Infelizmente, é exatamente isso que estamos vendo acontecer, e eu estou convicta que entre outros fui alistada por Deus como um arauto contra esta guerra que não é física, mas ideológica e espiritual e só irei parar se Ele um dia disser: – Pare!