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Os programas de eutanásia na Holanda têm sido realizados em pessoas autistas e com deficiência intelectual, inclusive em casos em que essas pessoas estão saudáveis, de acordo com pesquisadores da Universidade de Kingston, no Reino Unido.
O estudo analisou cinco casos de indivíduos com menos de 30 anos que buscaram a eutanásia legal, citando o autismo como um fator relevante em sua decisão. O relatório da universidade constatou que fatores relacionados à deficiência intelectual e/ou ao Transtorno do Espectro Autista foram a única fonte de sofrimento em 21% dos casos e um fator significativo em mais 42% dos casos.
Segundo o estudo, em muitos casos, os médicos avaliaram que não havia perspectiva de melhora para pessoas com deficiências intelectuais, já que não existem tratamentos disponíveis para suas limitações.
Os motivos para a solicitação de EAS [eutanásia e suicídio assistido por médico] incluíam isolamento social e solidão (77%), falta de resiliência ou estratégias de enfrentamento (56%), falta de flexibilidade (pensamento rígido ou dificuldade de adaptação à mudança) (44%) e hipersensibilidade a estímulos (26%). Em um terço dos casos, os médicos observaram que não havia ‘perspectiva de melhora’, já que o TEA e a deficiência intelectual não são tratáveis”, diz o estudo.
A especialista em cuidados paliativos, Irene Tuffrey-Wijne, uma das autoras principais do relatório da Universidade Kingston, descobriu que médicos holandeses estavam legalmente matando pacientes que buscavam sua própria eutanásia devido à sua deficiência intelectual ou condição mental que os impedia de levar uma vida normal, segundo a Associated Press.