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Em declaração conjunta divulgada na segunda-feira (31), os governos militares de Burkina Faso e Mali alertaram que qualquer intervenção militar contra os líderes do golpe no Níger seria considerada uma “declaração de guerra” contra suas nações.
Os vizinhos do Níger emitiram o alerta por meio de suas emissoras nacionais, dias depois que os líderes da África Ocidental ameaçaram usar a força para reintegrar o presidente deposto do Níger, Mohamed Bazoum.
“Os governos de transição de Burkina Faso e Mali expressam sua solidariedade fraterna. Qualquer intervenção militar contra o Níger equivaleria a uma declaração de guerra contra o Burkina Faso e o Mali”, alertaram os militares, acrescentando que o movimento poderia resultar em “consequências desastrosas” que “poderiam desestabilizar toda a região”.
Na declaração, autoridades de Burkina Faso e do Mali também disseram que “se recusam a aplicar” as “sanções ilegais, ilegítimas e desumanas contra o povo e as autoridades do Níger”.
O golpe no Níger em 26 de julho causou ondas de choque em toda a África Ocidental, colocando os ex-aliados ocidentais do país e órgãos regionais contra outros países da região.
Os líderes do golpe militar no Níger disseram que derrubaram Bazoum devido à má governança e descontentamento com a maneira como ele lidou com ameaças à segurança de grupos ligados à Al-Qaeda e ISIS.
A tomada do poder marca o 7º golpe militar em menos de 3 anos na África Ocidental e Central e resultou em uma condenação imediata da União Africana, dos EUA, das Nações Unidas, da UE e de outras potências.