O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, classificou como “aberração jurídica” a minuta de golpe encontrada na casa dele, durante cumprimento de busca e apreensão pela Polícia Federal, em 10 de janeiro.
Torres classificou o documento como “fantasioso”, uma “aberração jurídica” e “imprestável para qualquer fim”. Ele disse que o documento não foi descartado por “mero descuido”, mas sim porque não tem valor jurídico.
“Vários documentos vinham de diversas fontes para que fossem submetidos ao ministro. Em razão da sobrecarga de trabalho, eu normalmente levava a pasta de documentos para casa. Os documentos importantes eram despachados e retornavam ao Ministério [da Justiça], sendo os demais descartados. Um desses textos deixados para descarte foi o texto chamado de ‘minuta de golpe’”, disse Torres.
“Basta uma pequena leitura para saber que seria imprestável para qualquer fim, uma verdadeira aberração jurídica. Esse papel não foi para o lixo por mero descuido. Não sei quem entregou esse documento apócrifo e desconheço as circunstâncias em que foi produzido. Sequer cogitei encaminhar ou mostrar para alguém”, complementou.