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Cinco dos seis guardas civis suspeitos de agredirem jovens e forçá-los a fazer sexo oral uns nos outros durante uma abordagem em Itapecerica da Serra, em maio deste ano, foram presos após se apresentarem à Polícia Civil. Os mandados de prisão temporária de 30 dias, que já tinham sido expedidos pela Justiça, foram cumpridos na última terça-feira (15), quando os guardas compareceram à delegacia acompanhados de seus advogados. Após a elaboração dos boletins de ocorrência de captura, os agentes foram conduzidos até o Instituto Médico Legal (IML) de Taboão da Serra e, em seguida, levados para a cadeia de Itapecerica, onde aguardam audiência de custódia. O sexto agente, também alvo de denúncias e com mandado de prisão temporária, continua sendo procurado.
Em comunicado, a Prefeitura de Itapecerica da Serra informou que os guardas envolvidos já foram afastados de suas funções e responderão a processo administrativo e disciplinar. A prática de empinar a moto, conhecida como “rodar no grau”, é considerada uma infração de trânsito gravíssima, sujeita a multa e suspensão do direito de dirigir.
Segundo o delegado Luiz Roberto, responsável pelo caso, os jovens foram abordados pelos seis agentes, que os agrediram fisicamente e os coagiram a praticar sexo oral. As vítimas foram libertadas em seguida, porém uma das motos envolvidas foi apreendida e levada à Delegacia Central de Itapecerica, sob suspeita de ser um veículo clonado. As investigações tiveram início a partir dessa apreensão e de uma denúncia anônima.
Durante as investigações, os jovens foram ouvidos e relataram os acontecimentos. De acordo com a polícia, não há indícios de que eles tivessem cometido crimes como roubo ou furto, uma vez que o local onde estavam era isolado e distante de casas ou estradas movimentadas. No celular de um dos jovens, foram encontrados vídeos que mostram eles empinando as motos no dia da abordagem. Gravações semelhantes, de datas anteriores, foram divulgadas no Instagram de uma das vítimas. A investigação também revelou que todos os jovens são de classe baixa, moradores de regiões periféricas e têm emprego.
Diante dos relatos das vítimas, a delegacia solicitou a prisão temporária dos guardas envolvidos, que foi inicialmente válida por 30 dias. Como eles não foram localizados dentro desse período, o prazo foi estendido por mais 30 dias e, em seguida, foi pedido a prisão preventiva dos acusados.