O desembargador Antônio Amado, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), suspendeu as quebras de sigilos bancário e fiscal da empresa MCA Exportação e Participações e um de seus sócios, alvos da investigação que envolve o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
Em 2010, a MCA adquiriu de Flávio Bolsonaro 12 salas comerciais cerca de 45 dias depois de o senador do PSL do Rio ter firmado escritura para obter os direitos sobre alguns desses imóveis. Nesta operação, de acordo com o Ministério Público, o lucro do filho de Jair Bolsonaro foi de R$ 504 mil.
Um das empresas sócias da MCA tem sede no Panamá. Segundo os procuradores, há indícios do crime de lavagem de dinheiro.
A quebra do sigilo havia sido autorizada pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal.
A decisão foi concedida na última sexta-feira (14) na análise do mandado de segurança apresentado pela firma e por Marcelo Cattaneo Adorno, um de seus sócios. Os termos da decisão são mantidos sob sigilo. O mérito do caso ainda será apreciado pela 3ª Câmara Criminal.