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Um recado endereçado a quem possa interessar:
se você apoia um governo e/ou um governante em cem por cento do tempo, em cem por cento das ações, você é tudo, menos um “conservador”.
São atributos de um conservador, a prudência e o ceticismo.
É confiar, mas desconfiando. É comprovar antes e aplaudir depois.
Posicione-se à direita ou à esquerda, seja no governo ou na oposição, uma admiração devotada e incondicional, lhe afasta da cautela e da sensatez que deveriam servir-lhe de bússola, e o aproxima das tendências revolucionárias que tanto mal já causaram em tantos lugares, em inúmeras páginas da história da civilização humana.
Entenda: governantes são sempre funcionários públicos e, como tal, devem ser permanentemente cobrados e vigiados.
Entenda também: em um tempo em que a opinião popular pode ser reverberada e ouvida sem os filtros da imprensa ou dos institutos de pesquisa, a simples impressão de que conta com a fidelidade canina de sua base eleitoral pode fazer muito mal a um governante.
Jair Bolsonaro venceu a eleição mais democrática de toda a história brasileira:
sem uma grande estrutura partidária, sem dinheiro roubado de estatais para financiar uma campanha milionária, tendo a imprensa majoritariamente contrária, enfrentando toda sorte de truques, falsificações e patifarias de adversários e ainda sofrendo um atentado que quase tirou-lhe a vida.
Mais que isso: foi uma resposta popular a décadas de engenharia social, de um país eminentemente conservador, obrigado a engolir toda sorte de agendas pré-fabricadas e tidas como “progressistas”.
Eleito, cercou-se de uma equipe com alguns nomes excelentes.
Empossado, deparou-se com um momento extraordinário para empreender as reformas necessárias à libertação do país de inúmeros grilhões que impedem seu desenvolvimento: desmoralizada, desnorteada e sem projeto, a esquerda sequer representa uma oposição real.
Esses são fatos e ninguém poderá reescrevê-los.
Mas agora o momento já é outro; e parte do sucesso das ações a serem empreendidas pelo atual governo depende da prudência e da vigilância de todos.
Não perca seu senso crítico. Não permita jamais que a palavra DEMOCRACIA se descole de um capítulo tão relevante de nossa história. Não saia elogiando sem nem saber direito do que está falando. Não seja o idiota que xinga os outros na internet. Não seja o paspalho que pede a cabeça de jornalistas e apresentadores.
Não se contente com opiniões iguaizinhas às suas: leia e ouça quem discorda de você, faz bem e não dói.
Não alimente um monstro: de projetos de poder nós já estamos fartos; agora precisamos de um projeto de país.
E se você compreendeu o recado aqui transmitido, faça agora sua parte e ajude quem não é capaz de compreender: você sabe e eu sei que, mesmo que com as melhores intenções, há muita gente fanatizada, quase implorando para ser feita de massa de manobra.
Desaprove a bajulação.
Ponderação, cautela, reserva, senso crítico: é com esses princípios que podemos auxiliar nossos governantes – humanos e falhos, como não poderia deixar de ser – a tirar o país do atoleiro e conduzi-lo a um outro patamar econômico, social e civilizacional.