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A rainha Elizabeth II aceitou nesta quarta-feira o pedido do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, de suspender o Parlamento por um mês, de 12 de setembro a 14 de outubro. A manobra de Johnson reduz a capacidade do Parlamento de bloquear a possibilidade de um Brexit sem acordo no dia 31 de outubro.
De acordo com o jornal “The Guardian”, o período da suspensão aprovado pela rainha é o maior desde 1945. O Parlamento, que está em recesso, volta a trabalhar na próxima terça-feira, com a oposição prometendo atuar contra a suspensão.
Segundo a rede de televisão BBC, protestos estão sendo convocado em Londres com argumentos em “defesa da democracia”. O presidente da Câmara dos Deputados, John Bercow, classificou a manobra como uma “ofensa à Constituição”. A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, que é contra o Brexit, também classificou a iniciativa de Johnson como antidemocrática.
Por sua vez, o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, o principal da oposição, disse que vai apresentar ao Parlamento uma moção de desconfiança contra o primeiro-ministro.
Segundo Corbyn, a prioridade da oposição na volta aos trabalhos será frear a tentativa de Johnson de suspender o Parlamento e, em seguida, votar uma moção de desconfiança para derrubar o premiê, tentando estabelecer um governo temporário que tenha como objetivo evitar o Brexit sem acordo. Corbyn também enviou uma carta à rainha para pedir uma reunião para conversar sobre o pedido de Johnson, de acordo com a mídia britânica.
As notícias surgem alguns dias depois de terem sido revelados emails de Boris Johnson, solicitando apoio jurídico sobre uma eventual prorrogação do Parlamento por cinco semanas.
Na semana passada, o premiê rejeitou a ideia de convocar o Parlamento durante as férias, depois da divulgação de documentos alertando para as consequências danosas à economia de um Brexit sem acordo, como escassez de alimentos, combustíveis e outros bens. Um pedido feito numa carta assinada por mais de 100 deputados britânicos, pediu ao primeiro-ministro que voltasse a debater o Brexit.
Por Valor Econômico