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Nesta sexta-feira (30), os venezuelanos receberam US$ 1 como pagamento quinzenal de salários e pensões, segundo a cotação oficial do Banco Central (BCV). Com o dólar beirando 20 mil bolívares soberanos, o salário mínimo de 40 mil estabelecido pelo governo se traduz em US$ 2 mensais, quantia insuficiente para comprar um quilo de carne ou uma caixa de ovos.
Entre aposentados e empregados ativos, quase 10 milhões de pessoas receberam este valor. Nos últimos 30 dias, a moeda local – o bolívar soberano venezuelano – caiu 50% em relação ao dólar, que hoje custa o dobro do que valia no final de julho, tudo dentro do contexto da hiperinflação nacional, com a qual os preços de bens e serviços podem subir diariamente.
O líder opositor e chefe do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, atribui essa crise ao governo de Nicolás Maduro. “Hoje, na Venezuela, o venezuelano está ganhando US$ 2 ao mês. O que podem fazer para manter a família com US$ 2 ao mês sem água, sem luz e sem transporte público?”, questionou nesta semana.
O governo mantém a distribuição de cestas básicas a preços subsidiados, mas esses itens só chegam a cada dois meses, e quase nunca incluem proteínas. Além disso, o governo deposita bonificações quase mensalmente a cerca de 10 milhões de venezuelanos por diversos motivos, mas essas ajudas dificilmente passam de 100 mil bolívares soberanos, ou US$ 5.
Algumas empresas pagam bonificações em dólares aos funcionários para preservá-los, e mais de um milhão de famílias recebem remessas de dinheiro de parte dos cinco milhões de venezuelanos que emigraram nos últimos anos devido à crise.
* Com EFE