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A ONG é integrante da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais, do grupo Folha de S. Paulo.
A Polícia Civil do Pará cumpriu na manhã desta terça-feira (26) mandados de prisão preventiva contra quatro brigadistas acusados de causar incêndios de Alter do Chão, em Santarém, no Pará (a 1.231 km de Belém). As prisões aconteceram no âmbito da operação Fogo do Sairé, que apura a origem dos incêndios que atingiram a região em setembro deste ano.
Um dos mandados de busca foi cumprido na sede do Projeto Saúde e Alegria, uma das ONGs mais reconhecidas da região. A ONG é integrante da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais, do grupo Folha de S. Paulo.
A polícia também cumpriu mandado e busca e apreensão na sede da Brigada de Incêndio de Alter do Chão e apreendeu documentos, computadores e equipamentos de combate a incêndio como abafadores, turbo sopro e até uniformes.
De acordo com o delegado José Humberto de Mello Júnior, diretor de Polícia do Interior do Pará, os investigadores encontraram indícios de que membros da brigada haviam sido beneficiados financeiramente com as queimadas. Com base em tais indícios, a polícia interceptou as ligações telefônicas dos suspeitos.
O grupo teria arrecado 300 mil reais em doações realizadas por causa dos incêndios. Cerca de 47 mil reais teriam sido recebidos com a venda de imagens da floresta ardendo, fogo que teria sido causado pelos próprios membros das brigadas, segundo Mello. O delegado, no entanto, não deu detalhes de como teria sido a participação dos presos nos supostos crimes.
Em nota, o projeto confirmou as buscas em sua sede, mas negou qualquer envolvimento da entidade. “O Projeto Saúde e Alegria foi surpreendido nesta manhã com a busca e apreensão de documentos pela Polícia Civil. Não existe no momento nenhum procedimento contra o Projeto Saúde e Alegria, mas apenas a apreensão de documentos institucionais no âmbito de um inquérito a respeito do qual ainda não temos acesso a nenhuma informação”, disse a entidade. “Reforçamos que estamos colaborando com as investigações. A instituição acredita no Estado Democrático de Direito e espera assim como todos os que estão acompanhando, o mais rápido esclarecimento dos fatos.”