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O Ministério da Saúde vai anunciar nesta segunda-feira, 24, que incluirá na lista de países com alerta do novo coronavírus a Itália e o Irã, passando a considerar suspeitos da doença passageiros que chegarem ao Brasil com sintomas. Segundo integrantes da pasta, o novo enquadramento é resultado da confirmação da transmissão do vírus dentro desses países.
Antes da nova definição, pessoas com sintomas de gripe vindas da Itália, por exemplo, não recebiam atenção especial da vigilância sanitária brasileira, pois a suspeita de novo coronavírus era descartada na hora. Agora, haverá um protocolo específico em que, caso o passageiro tenha febre associada a algum outro sintoma, será enquadrado automaticamente como caso suspeito.
Uma análise clínica poderá ser feita no desembarque pela autoridade sanitária e, caso a suspeita se mantiver, o passageiro deverá ser levado a um hospital. Além da China, epicentro do novo coronavírus, o Brasil colocou, na semana passada, no mesmo rol de alerta casos de passageiros vindos do Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã e Camboja. Há recomendação do governo para que não sejam feitas viagens apenas para a China, onde mais de 2,5 mil pessoas morreram nos últimos dias após serem contaminadas.
Na Europa, a maior preocupação é com a Itália, que já registrou mais de 200 casos e seis mortes. O surto se concentra principalmente no norte do país, onde ao menos 11 cidades foram colocadas sob quarentena.
No caso do Irã, o país se tornou no domingo, 23, o que mais regitrou mortes fora da china, com oito vítimas. Ao todo, são 43 casos confirmados entre os iranianos.
Segundo dados do Ministério da Saúde desta segunda-feira, 24, há quatro casos suspeitos para a doença no Brasil, sendo três em São Paulo e um no Rio de Janeiro. Já foram descartadas 54 análises. A avaliação de integrantes da pasta é que, com a inclusão de mais países na lista de alertas, o número de casos suspeitos deve subir.
Antes da nova definição, pessoas com sintomas de gripe vindas da Itália, por exemplo, não recebiam atenção especial da vigilância sanitária brasileira, pois a suspeita de novo coronavírus era descartada na hora. / Agência Estado