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(ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou a chanceler alemã, Angela Merkel, de “estúpida” durante conversas particulares, informou uma investigação realizada pelo jornalista Carl Bernstein da “CNN”. O repórter ouviu por quatro meses fontes ligadas ao governo do republicano e autoridades dos serviços de Inteligência para entender a relação de Trump com líderes internacionais e descobriu diversos comportamentos inadequados do mandatário.
Segundo Bernstein, Merkel e a então premier britânica Theresa May eram as duas líderes mais vítimas das tentativas de intimidação de Trump. Para a alemã, inclusive, o presidente chegou a dizer que ela “estava nas mãos dos russos”. A informação sobre o quanto as conversas eram “não usuais” para dois chefes políticos foi confirmada por membros do governo de Berlim, que se comprometiam a manter as conversas em segredo.
Outro líder internacional que irritava o republicano era o presidente da França, Emmanuel Macron, pela constante tentativa do chefe do Eliseu de mudar as ideias de Trump sobre as mudanças climáticas e o acordo nuclear com o Irã – o republicano tirou os EUA de ambos os acordos.
Segundo Bernstein, Trump tentava submeter o líder francês a “palestras longas e egocêntricas” por telefone e se sentia “frustrado” porque Macron o ignorava em questões como o aumento de gastos financeiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Merkel nunca disfarçou ter uma boa relação com Trump. Por diversas vezes, ela foi a voz que se opôs ao norte-americano em reuniões internacionais do G7 e do G20 e sempre manteve um relacionamento diplomático apenas com o chefe da Casa Branca – o oposto do que era visto com o antecessor Barack Obama.
Durante o governo de Theresa May, no entanto, as trocas de farpas eram públicas. Em uma postagem no Twitter, Trump chegou a chamar de “desastre” a gestão dela durante o Brexit. A recíproca veio através de um dos embaixadores britânicos nos EUA, Kim Darroch, que à época afirmou que o presidente e sua administração “eram ineptos e excepcionalmente disfuncionais”. (ANSA)