O ditador comunista da Bielorrússia, Alexandar Lukashenko, garantiu neste domingo (17), que não deixará o poder, durante um discurso realizado na primeira manifestação pública a seu favor desde as eleições presidenciais da semana passada, nas quais conseguiu um sexto mandato com 80% dos votos.
“Construímos um país lindo, com as suas dificuldades e imperfeições. A quem eles querem entregar? Se alguém quiser entregar o país, nem morto que vou permitir”, disse o comunista, segundo informações avançadas pela agência de notícias local “Belta”.
Lukashenko comandou o ato de apoio ao próprio Governo, no qual milhares de pessoas acompanharam o discurso realizado a partir da tribuna na Praça da Independência, diante da sede do Governo bielorrusso.
“Queridos amigos, chamei-vos não para me defenderem, mas também. Vocês vieram para que, pela primeira vez num quarto de século, defendamos o nosso país, as nossas famílias, as nossas esposas e irmãs, os nossos filhos”, disse o presidente.
Reeleito nas eleições do último dia 9, muito contestadas dentro e fora da Bielorrússia, Lukashenko, que está no poder há 26 anos, rejeitou a possibilidade de realizar novas eleições presidenciais.
“Há tanques e aviões a 15 minutos de voo da nossa fronteira. As tropas da NATO estão a varrer rastros de tanques perto da nossa porta. Lituânia. Letónia, Polónia e, infelizmente, a nossa amada Ucrânia ordenam que realizemos novas eleições. Se nós aceitarmos, vamos cair”, alertou.
Lukashenko ainda reforçou a posição, garantindo que a repetição das eleições presidenciais significaria a morte da Bielorrússia como Estado e como nação.
“Propõem-nos um novo Governo, já o formaram lá fora, não entram num acordo sobre quem nos vai governar. Não precisamos de um Governo de fora, precisamos do nosso Governo que nós elegemos”, concluiu.