Indonésia vacinação Covid-19
A estratégia de priorizar idosos, profissionais da Saúde e pacientes de risco nas campanhas de vacinação contra a covid-19 não é unânime no mundo.
A Indonésia, por exemplo, vai dar prioridade a pessoas entre 18 e 59 anos. O país recebeu mais de 1 milhão de doses de vacinas CoronaVac da China, feita pelo laboratório Sinovac, o mesmo que produz a vacina no Brasil, e se prepara para administrar a vacina sobre a “população que tem mais mobilidade” e que estaria mais exposta à contaminação, alegando também que seria nessa faixa etária que se encontraria o maior número de assintomáticos.
O objetivo das autoridades de saúde da Indonésia é criar a imunidade de rebanho. A decisão do governo do país avança na contramão de tantos países que começaram suas campanhas de vacinação protegendo o público mais vulnerável.
Segundo autoridades locais, o grupo entre 18 e 59 anos é o que mais corre o risco de espalhar a doença neste país de mais de 267 milhões de habitantes.
A estratégia de vacinação é assumida integralmente pelas autoridades locais. “Nosso objetivo é a imunidade de grupo (rebanho) […] Assim que o grupo populacional mais ativo e exposto, de 18 a 59 anos, for vacinado, eles serão um reduto para proteger os outros. Será menos eficaz se usarmos nosso número limitado de vacinas em idosos, quando esses estão menos expostos”, disse Amin Soebandrio, diretor do Instituto Eijkman de Biologia Molecular em Jacarta.
O plano de vacinação será extremamente direcionado aos potenciais “super propagadores” da Covid-19. Nas ilhas indonésias de Java e Bali, onde se descobriu que os profissionais de saúde representavam 60% dos casos positivos, 1,2 milhão de doses da vacina serão disponibilizadas.
No total, o governo do país estabeleceu como meta a distribuição de 246 milhões de doses de vacinas para atingir essa imunidade de grupo.
Este é o número de doses necessárias para atingir 67% das pessoas de 18 a 59 anos, ou 107 milhões de cidadãos, o que equivale a 40% da população total da Indonésia.
