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RFI – O governo venezuelano acusou o Facebook de “totalitarismo digital” ao criticar o bloqueio de 30 dias da página do presidente socialista Nicolás Maduro por “violações reiteradas” das políticas da rede social contra a desinformação relacionada à Covid- 19. O bloqueio se deu após a indicação por Maduro de mais um tratamento sem comprovação científica contra a doença.
“Estamos testemunhando um totalitarismo digital, exercido por empresas supranacionais que querem impor suas leis aos países do mundo”, afirma um comunicado divulgado pelo ministério da Comunicação e Informação.
O bloqueio da página, que impede que seus administradores façam novas publicações por um mês, sem torná-la invisível, ocorreu após a retirada de um vídeo de Maduro sobre o Carvativir, o último de uma série de remédios sem estudos médicos publicados em plataformas científicas que o presidente promove como tratamento contra o coronavírus, anunciou um porta-voz do Facebook neste sábado (27).
“Removemos um vídeo postado na página do presidente Nicolás Maduro por violar nossas políticas de desinformação que poderia colocar as pessoas em risco”, disse.
“Chama a atenção que, em uma espécie de tirania do algoritmo, se persiga principalmente os conteúdos voltados para o combate à pandemia”, respondeu o governo venezuelano.
Jornalistas, por sua vez, acusam Maduro de censura
Caracas também considerou que a ação do Facebook é uma “extensão” das sanções dos Estados Unidos contra a Venezuela para tentar depor Maduro, e chamou de “ato de censura”.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP), uma das principais organizações jornalísticas do país, acusa o governo de Maduro de “uma política sistemática” contra os meios de comunicação críticos.
Na mesma linha, a ONG que promove a liberdade de expressão ‘Espacio Público’ denuncia que mais de uma centena de meios de comunicação fecharam desde que o presidente chegou ao poder em 2013.