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Na noite desta quinta-feira (29), o ministro da Economia, Paulo Guedes, explicou a fala sobre o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Mais cedo, a imprensa repercutiu a declaração “Fies bancou universidade até para ‘filho de porteiro que zerou o vestibular’. Segundo o ministro, o objetivo era explicar os erros do sistema.
“Eu estava dando um exemplo sobre como a presença do ensino privado cresceu no país, porque isso é inevitável. Mas que junto com isso às vezes vêm desvios e instituições caça-níqueis que apenas querem o dinheiro do Fies e têm pouco interesse em instruir as pessoas. Aí pegam essa minha declaração, de uma reunião privada que eu nem sabia que estava sendo gravada, e querem sugerir que há preconceito. Não há. Claro que não”, disse o ministro da Economia, ao site Poder 360.
“As pessoas às vezes parecem não querer entender. Há muita descontextualização. Sabe, eu acho que parte da mídia, uma parte do Brasil e muitas pessoas estão com a alma doente. Esse episódio aconteceu. O porteiro de meu prédio no Rio disse que o filho havia recebido uma carta de uma universidade dizendo que havia sido admitido. Era um menino trabalhador. Mas na carta estava escrito que a média dele havia sido zero no vestibular. O que era isso? Era possivelmente uma instituição caça-níquel, querendo matricular o rapaz para pegar o dinheiro do Fies. Eu não quis de maneira alguma falar algo demeritório sobre o porteiro, claro. Estava dando um exemplo. Mas as pessoas preferem distorcer tudo”, acrescentou Guedes.