IBGE: Após 3 anos de queda, Brasil voltou a registrar crescimento do nº de empresas em 2019

De acordo com o levantamento, entre 2018 e 2019 foram abertas mais de 301 mil novas empresas no país, o que representa um crescimento de 6,1%. Essa alta, porém, pode ter sido influenciada por uma mudança “na metodologia que define organizações ativas, em razão do novo sistema de registro adotado pelo governo”, conforme ponderou o IBGE.

“O governo federal instituiu um novo sistema de registros administrativos para escrituração das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas, o chamado eSocial, que está substituindo gradativamente a RAIS e o CAGED. Em 2019, algumas das informações que existem na RAIS deixaram de existir no eSocial e, com isso, o IBGE precisou ajustar o critério de seleção de organizações ativas das Estatísticas do Cempre, o que demanda uma maior cautela ao analisar os números”, explicou o gerente da pesquisa, Thiego Ferreira.

Segundo o IBGE, a mudança metodológica afetou a identificação das empresas que exerceram ou não suas atividades naquele ano. “Assim, é possível que algumas empresas estejam formalmente ativas, mas que, na prática, não estejam operando”, destacou o instituto.

Segundo o gerente da pesquisa, essa alteração pode ter provocado “alta incomum” de 35,8% do número empresas sem pessoal ocupado.

Entre as empresas com 1 a 9 empregados, o avanço foi de 3,9%. Nas demais faixas de pessoal ocupado, a alta no número de empresas variou entre 1,1% a 1,9%.

Com o aumento do número de empresas, aumentou também o número de pessoas empregadas no país – 758,6 mil trabalhadores a mais, o que representa um alta de 1,7%. Todavia, o Salário médio mensal pago no país diminuiu 3,5%.