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Aneel conta de luz julho
A decisão de ajustar em 52% a tarifa do patamar dois da bandeira vermelha poderá levar a uma alta média de 8,12% da conta de luz em julho, de acordo com cálculos da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Com peso de 4,5% no cálculo do IPCA, o aumento da tarifa pode levar o índice do próximo mês a uma alta de 0,7%, acima dos 0,4% previamente esperado pelo economista da FGV, André Braz, consultado pela CNN Brasil.
Com a crise hídrica e o risco de abastecimento de energia no país, especialistas preveem manutenção do patamar mais alto da bandeira vermelha por, pelo menos, mais cinco meses. Isso causaria alta ainda maior na inflação.
À CNN, Braz ressalvou que o regime de bandeiras tarifárias tem caráter temporário e com fator imponderável como o volume de chuvas nos próximos meses. Um cenário que pode se alterar se a Aneel elevar mais a tarifa extra ou retirar a cobrança adicional antes do fim do ano.
Com anúncio feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na manhã desta terça-feira (29), já é possível estimar que o IPCA chegue a 7% ao final do ano.
A decisão da agência reguladora foi justificada pelo encarecimento do custo de geração de energia no país. O acionamento de toda a capacidade de produção das usinas termelétricas fez disparar o custo das distribuidoras, já causando rombo no caixa das companhias.
O ajuste da bandeira tarifária vermelha 2 vai cobrir, em parte, a defasagem entre o que as distribuidoras recebem dos consumidores e pagam pela energia das térmicas. Pelos cálculos da área técnica da Aneel, a tarifa teria que ter sido reajustada em 86%, de R$ 6,24 para algo entre R$ 11,50 e R$ 12.
Os diretores da agência reguladora optaram por agir com mais cautela ponderando a crise hídrica e o impacto no orçamento das famílias.