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A TV Globo voltou em 2021 a ser contemplada com a maior fatia do investimento de publicidade estatal federal da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) do Governo Bolsonaro.
A TV Record, que disputa o 2º lugar de audiência com o SBT, havia assumido a frente dos investimentos do Governo Bolsonaro em 2019 e 2020.
A situação mudou após a chegada de Fábio Faria ao Ministério das Comunicações, em junho de 2020, que foi obrigado a seguir uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).
Com a ordem do TCU, a emissora líder em audiência passou novamente –assim como nos últimos governos– a receber mais recursos.
Quando se observa os dados dos 3 primeiros anos de Bolsonaro no Planalto somados, ainda se nota uma falta de equalização entre o que cada TV recebe e a audiência.
A emissora de Edir Macedo ainda é a que mais se beneficia quando somados os recursos destinados pela Secom desde 2019 –ano em que Jair Bolsonaro (sem partido) assumiu a Presidência da República.
Nesses 3 anos, a Record acumula R$ 58,8 milhões. O SBT, em 2º, recebeu R$ 53,5 milhões. A Globo está em 3º lugar no acumulado da administração bolsonarista na Secom, com R$ 47,2 milhões.
Um relatório do TCU de novembro de 2019 indicou que a Secom do Governo Bolsonaro destinava maiores percentuais de verbas publicitárias para a Record TV e o SBT –emissoras que não são líderes em audiência, mas que são consideradas aliadas ao Planalto– em comparação à TV Globo.
Os processos listados pelo TCU que indicavam assimetria no pagamento de serviços de publicidade catalisaram o movimento do governo de voltar a pagar fatias maiores à Globo.
A gestão do ministro Fábio Faria fez esse compromisso com o tribunal. O acordo foi cumprido neste ano.