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Em entrevista à CNN Brasil na quinta-feira (13), o ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou que foi procurado por um interlocutor do ex-presidiário Lula (PT) para tratar de um eventual apoio em 2022 à candidatura do petista à Presidência da República.
De acordo com Temer, ele declinou do convite para um encontro com Lula, mas disse ser “natural” haver diálogo.
Temer respondia sobre a intenção de quadros do MDB de apoiar a candidatura de Lula, a exemplo do senador Renan Calheiros (AL) e do ex-senador Eunício Oliveira (CE). Na versão do ex-presidente, ele próprio foi procurado recentemente por uma “pessoa muito elegante” ligada a Lula para discutir a campanha deste ano.
O emedebista, porém, disse ter recusado o convite porque dias antes o pré-candidato do PT havia criticado publicamente sua gestão, durante discurso em um sindicato.
“É natural que haja diálogo entre os vários setores. Com o presidente Lula não estive. Num dado momento fui procurado por uma pessoa, uma pessoa muito elegante ligada a ele”, relatou Temer. “Eu senti que ele [Lula] falou para a base dele, ele disse ‘o presidente Temer e o presidente Bolsonaro destruíram o país’. Eu disse [para o interlocutor]: ‘Você veja que fica mal’. Eu compreendo o presidente Lula ao dizer isso. Ele não está falando para mim, falou para a base dele. Mas evidentemente que nesse momento nós vamos conversar como conversei no passado”, complementou.
“Conversar é o que tipifica a democracia. Não pode se recusar, se alguém te procura, porque, vamos dizer, ‘não vou com a cara dele’. Simplesmente tem que dialogar. Pode tentar influenciar. Quero a coisa escrita. Conversar não condena ninguém, pelo contrário, enaltece”, disse.